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Gestão ágil: o segredo das empresas valiosas

Agilidade no DNA empresarial. Este é o maior diferencial das empresas valiosas, de acordo com João Kepler, Lead Partner da Bossa Nova Investimentos, investidor anjo, empreendedor serial e escritor, que será um dos palestrantes da Expogestão 2020.

“Empresas ágeis são aquelas que têm um propósito definido, inovação, ambiente colaborativo e aberto e uma cultura organizacional bem resolvida. Flexibilizam padrões, possuem times com habilidades imprescindíveis e mentalidade empreendedora. Equipes que sabem equilibrar trabalho e vida pessoal”, enumera.

Segundo Kepler, a agilidade precisa estar em todas as ações da organização. Da criação do plano de negócios às técnicas de gestão de pessoas; da gestão financeira, passando por implementação de squads, compliance e Agile, combinando o Design Thinking. “Processos e controles são importantes, mas as pessoas, a interação e a colaboração das equipes são o que fazem tudo acontecer”.

O Lead Partner da Bossa Nova Investimentos enfatiza também a importância das pessoas e de seu capital intelectual como os diferenciais para que uma organização funcione bem e cresça de forma sustentável. “Para entrar em campo e fazer o negócio dar certo, precisa de um time treinado e alinhado, entusiasmado, proativo e comprometido com os objetivos e o propósito daquele empreendimento”, diz.

Na opinião de Kepler, o empreendimento com gestão ágil não é o que cresce mais rápido no começo, mas aquele que cresce mais e melhor no médio prazo.

Para se tornar ágil, uma empresa tradicional tem muito a aprender com as startups, que são pouco engessadas, tem hierarquia horizontal e estão o tempo todo validando, acertando, errando e buscando melhorias. “Organizações tradicionais precisam implantar uma mentalidade empreendedora que se caracteriza por colaboração, resiliência, empatia e flexibilização”, afirma Kepler.

Já as startups, para se desenvolver e crescer no médio e longo prazo, têm que aprender com as empresas consolidadas sobre gestão, controle, governança e compliance. “De uma forma simples, o empresário precisa aprender o que é ser empreendedor e o empreendedor precisa aprender a ser empresário. A junção destes dois é o que vai fazer um negócio bem sucedido”, reflete.

Como investidor anjo, que já esteve nos dois lados do mundo dos negócios – empreendeu e foi empresário – Kepler tem um passado de sucessos e fracassos que o tornam o mentor ideal para novos empreendimentos. “Pessoas com uma ampla expertise de negócios podem fazer perguntas e conexões, levando o empreendedor de uma startup a pensar e a refletir sobre os seus caminhos”, comenta Kepler.