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Oportunidades de trabalho baseadas nas facilidades de aprendizado

O mercado de trabalho vive uma dicotomia. Se por um lado o Brasil tem uma grande crise de desemprego, atingindo mais de 15 milhões de pessoas e outras 30 milhões em subemprego ou que deixaram de procurar vaga no mercado, de outro há muitas empresas com oportunidades abertas. Porém, encontrar os profissionais certos para os cargos exigidos não é uma tarefa fácil.

Durante o painel “Adaptabilidade e novas habilidades: como as empresas estão tratando esses temas”, realizado nesta quarta-feira (20/10) na ExpoGestão 2021, o especialista em recrutamento de executivos e diretor-geral da Michael Page no Brasil Ricardo Basaglia, a vice-presidente de Recursos Humanos da Electrolux para a América, Valéria Balasteguim, e a diretora de Pessoas, Cultura e Sustentabilidade do Grupo Dimed/Panvel, Maria A. de Nonohay Schneider deram dicas de como as empresas e quem está em busca de recolocação ou novas oportunidades devem agir.

Para Basaglia, o desafio para conseguir a colocação de profissionais capacitados nas oportunidades oferecidas é avaliar como o Brasil está formando os profissionais que realmente são necessários. Ele disse que o País abrange 40% das faculdades de Direito no mundo. Uma oferta bem maior do que cursos de tecnologia, área que tem um déficit de 300 mil profissionais. Ou seja, o mercado está com desequilíbrio.

Especialista em carreira comentou que, na escolha de um profissional,  a experiência é requisito básico, o emocional é importante, mas o coeficiente da adaptabilidade é o grande diferencial para entrar no mercado.

“Entre tantos conceitos de inteligência, o que ganha força é o da pessoa que nunca teve contato com um tema, quando aprende se torna acima da média. O futuro não é para quem tem conhecimento, é para tem capacidade de aprender. E a adaptabilidade fez a gente chegar até aqui”, disse.

Para o líder manter o time de colaboradores atualizado é necessário implantar uma cultura constante de aprendizado, olhando o que está acontecendo no mundo, defende Valéria Balasteguim.

Segundo a palestrante, o líder deve aprender com pessoas que pensam diferente dele, como adquire os novos conhecimentos e estimula o time a entender essas movas demandas, como trabalha com gerações diversificadas e, como se adapta e aprende com essas equipes multigeracionais.

“Mas o grande ponto é o quanto eu estou disposto a buscar esse conhecimento e o quanto a empesa me proporciona olhar para esse futuro. É importante ter programas de desenvolvimentos internos para os colaboradores”, sugeriu.

A competência mais valorizada no mercado de tralho, segundo a especialista em gestão de pessoas Maria Schneider, é a da aprendizagem ativa. Durante o painel, ela disse que quem se propôs a aprender e a ter vontade de evoluir e se atualizar, cresce. A criatividade também é um diferencial. “Outro aspecto, que é mais difícil porque não era tão treinado, é conhecer e interpretar dados, com pensamento analítico e de programação. Tem profissionais de Recursos Humanos estão pensando em fazer cursos de programação para entender esse novo cenário”, exemplificou.

As competências devem ser desenvolvidas e requalificadas constantemente no meio corporativo, porque as empresas e o mercado estão em transformação. Segundo a executiva Valéria Balasteguim, é importante olhar as competências internas e fazer uma seleção dos profissionais que possam atender as novas demandas e quem precisa atrair.

“Sempre que existe uma transformação do negócio precisa requalificar as competências.  O grande papel da área de recursos humanos é entender do negócio para mapear as pessoas qualificadas para a empresa”, comentou.

As palestras da ExpoGestão 2021 acontecem de forma online. O evento acorre até o dia 21 de outubro, por meio do site da ExpoGestão. A organização é da Ópera Eventos Corporativos.