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O impacto da inteligência ativa na transformação dos negócios

A geração e o consumo de dados crescem de maneira exponencial. As pessoas são orientadas por dados a todo momento, quando olham uma mensagem no celular, entram em uma rede social ou checam a temperatura pelo smartphone, por exemplo.  Um estudo do IDC (sigla para “International Data Corporation”) projeta que serão gerados cerca de 175 zettabytes em 2025. Mas, muito mais do que ter os dados, é preciso utilizá-los em sua totalidade. Para César Ripari, diretor de pré-vendas da Qlik, somente assim será possível construir uma ponte entre os dados brutos e os insights para poder agir e transformar decisões em resultados e os seus dados em valor para os negócios.

Em sua palestra na Expogestão Digital 2020, o executivo comparou os dados ao petróleo: “Vocês já devem ter ouvido falar que os dados são o novo petróleo. Eu gosto desta frase porque, assim como o petróleo, os dados precisam ser refinados para terem algum valor”.  Só que toda essa jornada traz grandes desafios. Muitos dados são gerados, mas a maioria das organizações enfrenta dificuldades para disponibilizá-los e, principalmente, para transformá-los em valor de negócios. “Ou seja, somente 10% dos dados relevantes para o negócio são analisados, o que equivale a dizer que a gente só está refinando 10% do petróleo que a gente tira do chão”, destacou.

Hoje, com a aplicação de ferramentas de inteligência artificial, a análise de dados é muito mais veloz e potencialmente mais eficiente. Por isso, é fundamental que os profissionais consigam avaliar essa imensa quantidade de informação. Uma pesquisa mostrou que só 32% dos executivos e 24% dos tomadores de decisão afirmam que podem gerar valor a partir de dados.

Conforme Ripari, três pilares importantes ajudam as organizações a transformar dados em valor de negócio: integrar dados, usar a inteligência artificial de forma que permita o entendimento do cenário de forma completa e capacitar pessoas para que possam se beneficiar desses outros dois pilares. Por meio da junção desses passos, a Qlik desenvolveu uma jornada chamada de Inteligência Ativa. “Essa jornada consiste em encontrar o dado bruto, conseguir interpretá-lo e tomar decisão em cima dessa análise. E com a minha força de trabalho capacitada, eu consigo tomar as ações necessárias. Esse processo só é possível graças a evolução do Business Intelligence, que hoje está na terceira geração”, contou.

Para se ter uma ideia da transformação, Ripari citou algumas empresas que geraram novos modelos de negócios: a Uber, é a maior companhia de táxi do mundo e não tem veículo; o Facebook é a maior rede social do mundo e não produz conteúdo; a Airbnb é o maior provedor de acomodações do mundo e não possui um único quarto, além da Netflix, que faz uso massivo dos dados e preferência dos usuários para personalizar a oferta de novas experiências.

A importância da alfabetização em dados

O futuro exigirá que o profissional esteja alfabetizado em dados. Será imprescindível, segundo Ripari, que as pessoas sabem, pelo menos, ler, trabalhar e argumentar com dados. Pensando nessa necessidade, a Qlik lidera um programa gratuito de alfabetização de dado junto com a Data Literacy Project e outras empresas. Basta acessar a página www.data literacy project.org. Neste espaço é possível realizar um teste para descobrir o seu nível de alfabetismo de dados e há uma lista de cursos gratuitos.