Porto Itapoá faz investimento bilionário e visa o topo da América Latina

Focado em se tornar o maior e mais eficiente porto da América Latina até o ano de 2033, o Porto Itapoá continua em franca expansão. Atualmente, está colocando em prática investimentos que contabilizam mais de R$ 500 milhões. O planejamento desta 4ª fase de ampliação do pátio e do armazém está previsto para ser concluído em abril de 2025.

Esta 4ª fase contempla a instalação de um novo portêiner, de 9 terminais tractors (TT), de 4 empilhadeiras de contêineres vazios (EV) e 12 guindastes de pórtico sobre trilhos (RTG). Também estão previstas nesta etapa a instalação de um scanner de segurança e 1.080 tomadas para contêineres refrigerados.

Atualmente, o Porto Itapoá está na 4ª posição no ranking Desempenho Aquaviário 2023 de acordo com a ANTAQ – Agência de Transportes Aquaviários. Inclusive, foi o terminal de contêineres de uso privado com maior crescimento do Brasil no ano de 2023 com um aumento de 20,3% na movimentação em relação a 2022.

Em abril deste ano, o Porto inaugurou a fase 3 de expansão do terminal, com mais 200 mil m² de pátio, contemplando o armazém de 8 mil m², totalizando investimentos de R$ 815 milhões. Com isso, o porto passou a operar um dos maiores pátios de contêineres do Brasil, com 455 mil m², proporcionando a capacidade de movimentar até 2 milhões de TEUs (unidade equivalente a um contêiner de 20 pés) por ano. Com os aportes já realizados e os confirmados na ampliação, os investimentos do Porto Itapoá chegam a R$ 2,5 bilhões.

A megaestrutura, além de movimentar o comércio exterior, também auxilia no crescimento dos negócios e no desenvolvimento econômico da cidade e do Estado de Santa Catarina. Todo o entorno do empreendimento portuário é beneficiado, com ações sociais e ambientais promovidas anualmente pelo Porto Itapoá.

Vale destacar que do total de cargas movimentadas pelo Porto Itapoá cerca de 50% são de empresas de outros estados que buscam a eficiência do Terminal catarinense, principalmente para a importação de eletrônicos, entre outros itens. A outra metade da movimentação é de cargas de companhias de Santa Catarina, incluindo automóveis e autopeças, motores elétricos, metal mecânica, linha branca e exportação de carga frigorificada, atendendo a forte agroindústria do Estado. O Porto Itapoá é responsável por mais 1.600 empregos diretos e cerca de 6 mil indiretos.

Alargamento e aprofundamento do canal de acesso tornará portos mais competitivos

Para ampliar a competitividade dos portos que integram o Complexo Portuário da Babitonga, que responde por quase 60% da movimentação (em toneladas) do setor de Santa Catarina (ANTAQ 2019), o Ibama concedeu a Licença de Instalação para obra de dragagem da Baía da Babitonga

Numa parceria entre o Porto Itapoá e o Porto de São Francisco do Sul, está prevista a ampliação de 14 metros para 16 metros a profundidade do calado dos navios. Com isso, permitirá que a navegação de embarcações de até 366 metros de comprimento possam movimentar cargas nos dois portos do Litoral Norte catarinense com mais segurança e eficiência.

O modelo de financiamento dessa obra é inédito no Brasil. O valor será financiado pelo Porto Itapoá, terminal privado, que será ressarcido através das tarifas pagas pelos navios à autoridade portuária. Os investimentos somam R$ 300 milhões.

O projeto de dragagem de aprofundamento do canal de acesso à Baía está sob a responsabilidade do Porto de São Francisco do Sul, que é administrado pela SCPAR, vinculado ao Governo do Estado. Em paralelo ao investimento no canal, haverá também aporte financeiro do Governo do Estado, na adequação e duplicação das rodovias SC 417 e 416. Ambas as obras são demandas compartilhadas pelo Caderno de Infraestrutura da FIESC – Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina.

Outro detalhe é que a utilização dos sedimentos retirados durante a dragagem para o alargamento da faixa de areia da orla de Itapoá, que nos últimos anos tem sofrido com problemas de erosão costeira. Essa será a primeira vez que resíduos de uma obra portuária serão usados para a recuperação de uma praia.