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Revolução ou realidade? Descubra como a IA está transformando os negócios

Um universo de oportunidades ou ameaças? Verdades ou mentiras? O que é e para onde vai a Inteligência Artificial? Essas e outras questões foram abordadas durante o painel IA: a revolução no mundo dos negócios, no primeiro dia da Expogestão 2024. No palco, Cezar Taurion, Chief Strategy Officer (CSO) da Redcore, e Paulo Sérgio dos Santos, diretor de TI da WEG.
Cezar Taurion define Inteligência Artificial como um conjunto de tecnologias que mudam e moldam o comportamento da sociedade. Exemplos dessas tecnologias vêm desde o motor a combustão até o computador e o smartphone. “IA é a capacidade de um sistema informático imitar funções cognitivas algorítmicas humanas, como aprendizagem e resolução de problemas. É, acima de tudo, matemática”, reforça.
Taurion garante: “Softwares rebeldes e robôs assassinos não são Inteligência Artificial, mas tão somente ficção científica”. A IA é um instrumento para inteligência probabilística, não determinística. Uma calculadora comum vai repetir ao infinito o resultado de uma conta, mas um software de IA pode ter 1% de provável erro.
Essa tecnologia, acentua o palestrante, não é algo novo: “Em 1997 um programa de IA venceu o campeão mundial de xadrez. Andamos de Uber há anos; a medicina utiliza softwares para diagnosticar doenças. Usamos IA o tempo todo, mas não tínhamos percepção disso. Até surgir o Chat GPT e mudar essa percepção. Foi algo como ir dormir na Idade Média e acordar na era espacial. Estamos vivendo o auge da empolgação”.
Para que a IA seja, de fato, oportunidade e avanço, faz-se necessário adotar cuidados, como definir com clareza onde aplicá-la, dispor de dados em quantidade suficiente, observar aspectos de governança, reter talentos e, conclui Taurion, “manter os pés no chão”.

IA na prática
A revolução no mundo dos negócios está em andamento na WEG desde 2018, quando a Inteligência Artificial teve início concreto no setor de Tecnologia de Informação, do qual Paulo Sérgio dos Santos é diretor. “IA, como disse o Cezar Taurion, não é algo novo, mas o conceito passou a ser mais conhecido nos últimos tempos. Na WEG temos hoje uma equipe de dez pessoas totalmente focadas em IA. Nem todas da área de TI; temos até uma astrofísica no grupo.”
A multinacional erigiu alguns pilares, sobre os quais se sustenta o desenvolvimento da IA: governança, capacitação, projetos para dentro da empresa e projetos para fora. Internamente, há softwares criados, por exemplo, para leitura do Diário Oficial (legislação, leilões, editais); chatbot para a rede de assistência técnica; automatização de processos de compras via e-mail, identificando consultas similares. “Em todas estas utilizações – garante o diretor de TI – tivemos economia de tempo e otimização de funções humanas.”
Para os clientes, a WEG aplica IA na gestão de ativos; manutenção baseada em dados; controle de processos e gestão da execução de rotinas… “Enfim – conclui o executivo –, há incontáveis possibilidades de utilização da Inteligência Artificial. É a digitalização que torna possível a indústria 4.0.”