O ambiente em plena transformação, somado à pandemia do Covid-19 criaram uma tempestade perfeita para a aceleração dos processos estratégicos das organizações. O modelo linear – e tradicional – de manutenção não é mais eficiente diante das volatilidades e incertezas nas quais fomos expostos e somos testados. “Quem não estiver pronto a mudar e inovar ficará pelo caminho daqui pra frente”, alertou Luis Lobão, professor de estratégia e governança corporativa, durante a Expogestão 2020, acrescentando que vivemos um novo processo migratório do futuro para o presente.
As mudanças que já aconteciam rapidamente foram ainda mais aceleradas nesse período. Mas de nada adianta investir em tecnologia sem mudar a cultura da organização e o mindset dos líderes: “Essa crise será passageira. A transformação sim é que continuará nos próximos anos. Não espere a maré baixar para começar a nadar”, ressaltou. Para o especialista, não há como preservar sequer a forma e o desenho da organização, muito menos as ferramentas – mapas e bússolas – utilizados até então.
O sucesso das organizações do futuro depende de alguns fatores. O primeiro é ter um foco claro, sendo orientada por um propósito. Também se faz necessário ter uma diferenciação notável e positiva em relação aos concorrentes, com um olhar direcionado à resolução do problema do cliente. Os promotores da mudança, que são os colaboradores, precisam estar entusiasmados para promover a eficácia operacional e disciplinada que o novo modelo exige. São equipes autodirigidas e multifuncionais, que operam em rede, colaborativamente. E como já defendia Darwin, a seleção natural se dará pela capacidade de continuar se adaptando.
