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11/06/2025

ANA CARLA FONSECA – O terroir corporativo como reforço para os conceitos ESG

Se para produzir um vinho de qualidade o terroir é fundamental, também no exercício dos princípios ESG é importante escolher e manter um território adequado. “O conceito ESG é amplamente difundido e ambicionado, mas para colocá-lo em prática e ter resultados concretos, o território corporativo precisa atender a certos requisitos, permitindo vencer os vários desafios impostos”, diz Ana Carla Fonseca, economista, mestre em administração e doutora em urbanismo, palestrante na Expogestão 2025.

Responsável por dezenas de projetos de consultoria, curadoria, planos e assessorias em economia criativa, empreendedorismo e inovação territorial, Ana Carla analisou, em sua palestra, os impactos da estratégia ESG, com alguns cases para ilustrar. “A concretização dos conceitos ESG enfrenta desafios como baixa produtividade e baixo nível de ensino, urgência climática, conflitos geracionais e bem-estar emocional/saúde mental (os transtornos mentais, por exemplo, afetam 4,7% do PIB mundial)”, enfatiza a economista.

Para Ana Carla, “esses desafios requerem respostas sistêmicas, não é possível superá-los com soluções individuais. O melhor jeito de mudar o mundo é a partir de onde você está. É o território. Estratégias sob medida para negócios e cidades mais potentes”.

Como encarar os desafios

Ante desafios tão complexos, praticar o conceito ESG no terroir corporativo exige soluções baseadas em seis fatores: governança, cadeia de valor, talentos, impacto, marketing e inovação.

No caso da governança, a prática exige a integração entre governo, sociedade e academia. “É necessário dar atratividade ao território, o que leva a investimentos e pesquisas, envolvendo todos os que nele vivem e dele dependem”, diz a economista.

A cadeia de valor leva à busca de atrações que tornem o território atrativo, “a montante e a jusante”. Uma empresa que fica num centro urbano congestionado, por exemplo, pode investir em atrativos no entorno, como habitações próximas, para diminuir o tempo perdido no trânsito.

“Talentos – continua a palestrante – precisam de atração, nutrição e permanência. Atrair com bons planos de carreira, treinamento, bom ambiente de trabalho… Nutrir esta atração constantemente leva à permanência, um termo melhor do que retenção, que parece algo forçado.”

A inovação implica em criatividade, repertório e raciocínio crítico. “Hoje, com a diversidade geracional, as gerações mais novas valorizam mais a inovação”, reforça Ana Carla.

O marketing, no reforço ao exercício dos conceitos ESG, implica em “imagem, conhecimento e afeição, indo muito além de simplesmente vender”.

Finalmente, os impactos sociais, ambientais e a inclusão produtiva. Cabe às organizações mitigar e até eliminar, sempre que possível, o efeito desses impactos sobre o território. “Empresas que se conectam à essência do território têm as melhores colheitas”, conclui Ana Carla Fonseca.

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