
A China deu mais um salto na corrida global da automação. A UBTECH Robotics, uma das gigantes da robótica no país, realizou a primeira entrega em larga escala de robôs humanoides desenvolvidos para atuar em fábricas e funcionar sem descanso, 24 horas por dia.
O anúncio ganhou o mundo após a divulgação de um vídeo impressionante: centenas de robôs alinhados, movendo-se em sincronia dentro de um galpão em Shenzhen, antes de serem enviados em contêineres. As imagens viralizaram e reacenderam debates sobre o futuro do trabalho e da produção industrial.
Robôs para a indústria, não para demonstração
Os modelos exibidos são os Walker S2, segunda geração dos humanoides da UBTECH. Projetados para manufatura, logística e inspeção, eles executam tarefas industriais complexas, com precisão superior à humana.
Com a repercussão global, muitos internautas suspeitaram que o vídeo fosse gerado por inteligência artificial. A empresa, porém, negou manipulação e divulgou fotos de funcionários ao lado das máquinas para comprovar a autenticidade das cenas.
Segundo a UBTECH, esta é a primeira vez que robôs humanoides são enviados em larga escala para uso real na indústria e não apenas como protótipos de demonstração.
Trabalho sem pausas e demanda bilionária
Programados para operação contínua, os Walker S2 despertaram forte interesse de grandes indústrias chinesas. Só em 2025, a UBTECH recebeu mais de US$ 112 milhões em pedidos, incluindo grandes contratos com BYD, FAW-Volkswagen e Foxconn.
O impacto foi imediato no mercado: as ações da empresa dispararam mais de 150% na bolsa de Hong Kong, refletindo o apetite do setor pela robótica industrial.
Mas e agora: eles vão nos substituir?
Embora a novidade represente um avanço tecnológico gigantesco, também reacende discussões sobre futuro do emprego, impacto social e a velha pergunta que sempre volta à tona quando a robótica avança: os robôs vão ocupar o lugar dos trabalhadores?
A China, ao que tudo indica, já começou a testar essa resposta em escala industrial.
FONTE: Portal Terra