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18/09/2025

Como equilibrar o negócio e a presença digital, protegendo sua imagem com cuidados jurídicos?

Antes de fortalecer a marca de um negócio, é essencial equilibrar criatividade, estratégia empresarial e atenção às questões legais. No ambiente digital, os riscos são recentes, muitas vezes desconhecidos, e exigem cautela redobrada.

Para a advogada Maria Eduarda Amaral, especialista no mercado de influência, o maior desafio está em lidar com o julgamento da audiência e do próprio mercado. “Quando você tem um negócio tradicional e decide criar conteúdo, muita gente encara como perda de tempo. O julgamento costuma ser mais severo do que para quem inicia apenas como criador de conteúdo. Mas, quando usada de forma estratégica, a internet pode acelerar de maneira significativa o crescimento do negócio. Exemplos disso não faltam”, afirma.

Segundo Amaral, é fundamental que o empreendedor compreenda a relação entre marca pessoal e empresarial. “Tudo que se faz na vida pessoal reflete na empresa. Qualquer posicionamento, atitude ou comentário nas redes impacta diretamente na marca jurídica. O equilíbrio está em respeitar as regras publicitárias e planejar cuidadosamente o conteúdo. É possível ser autêntico, ético e estratégico ao mesmo tempo”, complementa.

Essa visão também é compartilhada por Leonardo Braga Moura, advogado de Direito Digital. Para ele, o influenciador precisa se enxergar como um empreendedor da própria imagem. “Com planejamento e apoio jurídico, é possível construir uma carreira sólida, segura e duradoura, baseada na criação de conteúdo e no engajamento da audiência”, ressalta.

Moura lembra ainda que criadores digitais podem responder civil e, em alguns casos, até criminalmente, caso divulguem informações falsas, realizem campanhas enganosas ou promovam produtos nocivos.
“Casos recentes envolvendo jogos de azar ilegais demonstram como essa exposição pode ser extremamente prejudicial”, alerta.

Monetização com responsabilidade

De acordo com Amaral, o processo de monetização deve ser gradual e planejado. O caminho indicado começa com a produção de conteúdo consistente, seguido pelo entendimento das expectativas do público, consolidação dos produtos e serviços da empresa e, só depois, pela busca de parcerias com outras marcas.

“A monetização pode começar pela oferta dos próprios produtos ou serviços da empresa, evoluindo para colaborações externas que tenham sinergia com o negócio. O essencial é que a parceria agregue valor e não comprometa a imagem construída”, orienta.

Nesse ponto, a legislação é clara: tanto o Código de Defesa do Consumidor quanto o Conar (Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária) determinam que publicações patrocinadas sejam identificadas com expressões como #publi. “A falta dessa sinalização já resultou em multas e sanções éticas, inclusive para microempreendedores. É um cuidado que precisa existir desde os primeiros conteúdos”, enfatiza Moura.

Outro aspecto indispensável é a formalização de contratos, mesmo em campanhas menores. Esses documentos devem definir claramente entregas, prazos, plataformas, formatos, direitos autorais, direitos de imagem, exclusividade e remuneração. “Um contrato bem estruturado funciona como a primeira linha de defesa contra litígios e danos reputacionais”, reforça o advogado.

Por fim, os especialistas recomendam que empreendedores registrem a marca no Inpi (Instituto Nacional da Propriedade Industrial) e formalizem os direitos de uso da própria imagem. Assim, garantem proteção legal e segurança em eventuais disputas.

FONTE: CNN BRASIL / Setembro 2025

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