Pela estimativa do IBGE, o Brasil tem uma população de 211 milhões de habitantes. O instituto prevê que, em 2060, serão 228,3 pessoas, 25% delas com mais de 65 anos. Como vamos chegar até lá? Estamos cuidando do nosso corpo e mente? Esses questionamentos foram feitos por Eduardo Oliveira, farmacêutico que atua como gerente de Estratégia e Inovação da Catarinense Pharma, durante a ExpoGestão em sua palestra “Conversa sobre Saúde Mental e Suplementação Executiva: como melhorar o desempenho físico e cognitivo e enfrentar os desafios”.
O farmacêutico entende que hoje todos os aspectos que envolvem a saúde mental estão extremamente aflorados e existe uma necessidade muito grande de serem discutidos. Aspectos como estresse, ansiedade, insônia, comportamentos compulsivos. “Quando olhamos para a ExpoGestão, um ambiente empresarial, pensamos como está a saúde emocional e mental dos executivos e como, por meio da alimentação ou de uma suplementação, o consumo de nutrientes adequados pode impactar e melhorar a saúde. Há uma correlação sobre esses dois fatores: alimentação e saúde mental”, garante.
De acordo com o Ministério da Saúde, em torno de 3% da população necessita utilizar medicamentos contínuos para transtornos mentais severose mais 9% necessitam eventualmente de atendimento nos transtornos menos graves. Dados do IQVIA (empresa multinacional americana que atua nos setores de tecnologia da informação em saúde e pesquisa clínica) mostram que o consumo de medicamentos antidepressivos e estabilizadores de humor no Brasil cresceu 53% entre 2019 e 2023.
Novos tempos
Durante a conversa com os participantes da palestra Eduardo fez uma analogia sobre os ciclos de vida anteriores, que eram bem definidos por faixa etária e os atuais. “Nosso ciclo de vida hoje é bem diferente. Cada vez mais temos o ciclo de trabalho se entrelaçando com o ciclo de aprendizagem, e entrando no ciclo de aposentadoria. Anteriormente, 60 anos era a idade média que as pessoas se aposentavam. Agora aos 60 anos as pessoas estão se redescobrindo, estão empreendendo, inovando. A pessoa tem mais 20 anos pela frente. A economia está aquecida nessa faixa da população”, lembrou.
Qual o segredo da longevidade? A ciência mostra que 10% são fatores genéticos, os outros 90% estão relacionado ao nosso estilo de vida. “Saúde não é a ausência de doença. Conceitos mais modernos mostram que é muito mais integrativo, levando em conta as questões físicas, mentais, espirituais e sociais”, destacou Eduardo, se referindo também aos impactos da pandemia da Covid-19.
Para falar sobre o sentido de bem-estar, que observam todos esses aspectos, Eduardo Oliveira detalhou os seis itens essenciais.
Melhor Saúde – o principal deles.
Melhor Forma Física – aquela que permite fazer tudo o que eu desejo, com saúde – trabalhar, praticar atividade física
Melhor Nutrição – falta de acesso à alimentação ou rotina que não incluem uma alimentação saudável
Melhor Aparência – tem que ser o reflexo da nossa saúde
Dormir Melhor – não existe saúde sem uma boa higiene do sono
Melhor Atenção (mildfulness) – vivenciar as coisas de maneira real
Eduardo falou sobre as inúmeras deficiências nutricionais que as pessoas podem ter e recomendou a procura por um profissional de saúde para obter a orientação individual adequada. Ao mencionar fatores nutricionais importantes para manter o equilíbrio do corpo e da mente, referiu-se a legislação do Conselho Federal de Farmácia, que regula a atuação do farmacêutico referente a suplementos alimentares, como é possível utilizar a suplementação para prevenção de doenças, recuperação de saúde, otimização do desempenho físico e mental e complementação de farmacoterapia. “Nosso sistema neuromuscular vai sendo afetado com o passar do tempo, especialmente dos executivos que têm uma demanda muito grande referente à cognição. Um profissional da área da saúde habilitado poderá orientar quais as opções isoladas e concentradas de nutrientes que podem ajudar a manter uma boa saúde cognitiva.”
