O Complexo Portuário da Babitonga que, a partir da instalação do Porto Itapoá passou a responder por quase 60% da movimentação (em toneladas) do setor de Santa Catarina (ANTAQ 2019), é um dos mais importantes ativos portuários do País e estratégico para a infraestrutura de transporte e logística do Estado. Os municípios localizados a, no máximo, 100 km de distância da Baía Babitonga concentram 50% do PIB (Produto Interno Bruto) industrial dos estados de Santa Catarina e Paraná. Ampliando o raio para 500 quilômetros, a área de influência alcança todas as capitais e importantes polos econômicos do interior do Sul e Sudeste.
Associado ao potencial e dinamismo empreendedor de Santa Catarina e toda a região Sul do Brasil, o Complexo Portuário da Babitonga está se consolidando em um modelo de investimentos em infraestrutura e logística para o Desenvolvimento Econômico Sustentável. A nova onda de investimentos atraídos pela vocação natural da região poderá triplicar o total de empresas portuárias e retroportuárias operando na região, além de outras operações logísticas.
Especialistas em inteligência de mercado estimam que, em 10 anos, a área de influência direta do Complexo da Babitonga tem potencial de saltar de 16 para 48 empresas portuárias e retroportuárias com investimentos privados diretos que podem chegar na casa dos R$ 15 bilhões, passar de uma geração de renda anual de R$ 300 milhões para R$ 1,8 bilhão e saltar dos atuais 8.500 empregos para 45 mil oportunidades de novas vagas.
Falando especificamente nos investimentos do Porto Itapoá, desde o início das operações o Terminal investiu cerca de R$ 1,7 bilhão somente em obras e equipamentos e gera cerca de 1.200 empregos diretos e 5.800 indiretos que giram em torno da atividade logística. Com o maior potencial de crescimento entre os portos do Sul do País, a terceira fase da expansão do Porto Itapoá – que inclui mais 200 mil m², totalizando 455 mil m² de pátio de contêineres, além de 8 mil m² de armazém coberto -, é fruto de investimentos de cerca de R$ 750 milhões, entre equipamentos, área civil e berços de atracação. Com isso, entre aportes já realizados e os confirmados na ampliação, os investimentos do Porto Itapoá chegam a R$ 2,5 bilhões.
Atratividade e competitividade dependem da ampliação do canal de acesso
As perspectivas de desenvolvimento econômico da região e do estado impulsionado pelo Complexo Portuário da Babitonga e a concretização destes investimentos dependem em grande parte dos Terminais estarem aptos a receber os grandes navios que já estão navegando e operando em outros portos mundo afora. A obra de alargamento e aprofundamento do canal de acesso à Babitonga, em fase adiantada de licenciamento ambiental, vai ampliar de 14 metros para 16 metros a profundidade do calado dos navios, permitindo receber grandes embarcações de até 366 metros.
O projeto foi incluído como uma das obras de Infraestrutura do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), está avaliado em 300 milhões de reais e permitirá aos portos da Baía Babitonga receber navios da classe New Panamax, que têm 366 metros de comprimento e quase 50 metros de largura, com capacidade para até 24 mil TEUs e 220 mil toneladas. Os portos mundiais já operam com navios de até 400 metros e 24 mil TEUs. O projeto será o primeiro do Brasil a fazer uso benéfico do sedimento retirado, que será utilizado na engorda da orla de Itapoá.
Diferente de outros complexos portuários, as águas calmas e abrigadas da Baía Babitonga não necessitam de investimentos frequentes para a manutenção da profundidade e largura do canal e bacia de evolução. Ou seja, estima-se que novos investimentos desta natureza não serão necessários durante uma década, apresentando a melhor relação custo-benefício entre os portos do sul e sudeste.