
A Condor S/A transforma a inteligência de mercado em motor estratégico da organização. Case apresentado na ExpoGestão 2025 mostra como uma área criada em 2020 passou a influenciar decisões comerciais em todos os níveis.
Criada em 2020 dentro da Condor S/A, a área de inteligência de mercado se tornou um dos pilares estratégicos da companhia. Durante a ExpoGestão 2025, o executivo Jean Ferreira, ao lado do CEO Alexandre Wiggers, apresentou o case que chamou atenção pela aplicabilidade real dos dados no dia a dia da operação comercial.
Na palestra “Inteligência de mercado na prática: transformando dados em decisões reais”, os executivos detalharam como uma estrutura dedicada e bem conectada pode gerar impacto direto nos resultados — desde a definição de metas até a execução no ponto de venda.
“Mais importante do que ter muitos dados é saber que perguntas eles precisam responder. Informação sem direção não vira decisão”, afirmou Jean, que está há mais de 10 anos na empresa e lidera a área desde sua criação. Ele lembrou que o time começou incubado dentro da área financeira, até ganhar corpo e se tornar um dos pilares estratégicos da Condor.
De apoio técnico a protagonista da estratégia
O modelo apresentado parte de uma premissa simples: dados só fazem sentido se gerarem movimento. Para isso, a Condor construiu um processo baseado em cinco frentes interligadas:
– Prioridade com clareza: perguntas estratégicas primeiro, indicadores depois.
Engajamento da ponta: times comerciais participam da construção e interpretação das análises.
– Ritmo decisório: reuniões semanais e acompanhamento contínuo evitam decisões por feeling.
– Aprendizado vivo: todo insight é conectado com o que gerou (ou não gerou) resultado.
– Base sólida: processos, ferramentas e lideranças sustentam a continuidade da cultura analítica.
“A inteligência de mercado precisa andar no mesmo ritmo do negócio. Se ela trava a tomada de decisão, perdeu o propósito”, afirmou Alexandre Wiggers, CEO da Condor S/A.
Cultura data-driven começa pelo exemplo
Um dos principais pontos da palestra foi a conexão entre liderança e dados. Segundo os executivos, não adianta esperar que a cultura analítica venha de baixo para cima. “Se o CEO não decide com dados, por que o time faria diferente?”, provocou Jean.
Esse alinhamento é mantido por meio de rituais simples e consistentes, como reuniões de inteligência com foco em oportunidades comerciais, revisões de performance e uso prático de indicadores nos planejamentos.
O resultado, segundo Alexandre, não é apenas melhor análise, mas decisões mais corajosas e bem fundamentadas. “A inteligência de mercado, quando bem usada, dá segurança para ousar”, completou.
Uma abordagem replicável — e cada vez mais necessária
O case da Condor é um exemplo de como a inteligência de mercado pode deixar de ser uma área técnica ou isolada e se tornar uma engrenagem central da estratégia de uma organização. Com estrutura dedicada, foco no que importa e cultura de colaboração, o modelo apresentado pode ser adaptado para empresas de diversos setores — especialmente aquelas que já perceberam que não faltam dados, mas sim clareza sobre o que fazer com eles.
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