Dados são tesouros para quem sabe usá-los de forma correta
Todo o ato resulta em informações. Seja em atitudes naturais, como caminhar, comer, dormir, etc. Diariamente produzimos dados que são colhidos por vários sistemas, que volta em meia nos pegam de surpresa informando característica nossas que nem percebemos.
Uma corporação é uma fonte de dados riquíssima. Toda a atividade pode ser mensurada com informações que, feitas de maneira correta, irão fundamentar as tomadas de decisões estratégicas. Seja para criar um novo produto, decidir uma campanha promocional ou reduzir gastos.
No painel “Cultura analítica: tomada de decisão baseada em dados”, apresentado na ExpoGestão 2021, o diretor de Parcerias e Alianças para a América Latina na Qlik, Marco Antonio Cavallo e o diretor-presidente da Condor, Alexandre Wiggers, destacaram a importância do gestor conhecer a profundidade dos dados que a empresa que ele representa gera e como utilizá-los de forma precisa nas ações de mercado e produção.
O empresário pode até ter alguma noção do universo de informações que o seu empreendimento fomenta. Porém, nem sempre sabe utilizá-lo de forma favorável ao negócio.
Baseado numa pesquisa sobre o uso de dados, Cavallo disse que em 2025 serão gerados 175 zettabytes – um zettabytes representa um trilhão de gigabytes. Sendo que daqui há três anos, uma pessoa vai ter 4,7 mil interações diárias, bem diferente do que foi apresentado em 2017, quando havia 300 interações diárias.
Atualmente somente 10% dos dados são efetivamente analisados para negócios. 32% dos executivos afirmam que podem gerar valor a partir dos conteúdos. E somente 24% dos tomadores de decisão dos negócios acreditam que são especialistas neste tema.
Saber interpretar está se tornando algo mais importante dentro das organizações. Conforme o representante da Qlilk, o desafio está na jornada dos dados. Segundo Cavallo, a maioria das organizações enfrenta dificuldades para disponibilizar dados acionáveis, quanto mais para transformá-los em valor de negócios.
Para ele, ter noção do tratamento dos dados é essencial. E a organização tem que fazer uma mudança cultural e as perguntas chaves para ter as respostas corretas para as decisões assertivas.
“Acho que você ter uma cultura onde as pessoas saibam interpretar e argumentar é fundamental. Embora a maioria dos gestores analisados concordam que os colaboradores devem conhecer as informações, apenas 17% deles admitem que seus negócios incentivam a busca por esse conhecimento. A alfabetização de dados não é só olhar as informações e entender, mas também transmitir essa informação para a empresa agir com base nelas”, disse Cavallo.
O diretor-presidente da Condor relatou que há quase três anos, a empresa catarinense de material de higiene e limpeza montou uma estrutura de inteligência competitiva, que analisa os dados e monta as estratégias de ação.
Segundo Alexandre Wiggers, até desta estruturação, apenas 5% dos fundamentos da toma de decisão eram baseados em dados. O restante era intuição. Atualmente, 40% das decisões são baseadas nas informações coletadas pela empresa.
O empresário disse que a empresa mudou a cultura. Fez a democratização dos dados, com relatórios mais automatizados, uso de gráficos e interpretações, com maior difusão das informações. “É uma jornada que está em andamento. Extraímos muitas decisões boas a partir destes investimentos. Hoje, com essas informações, eu consigo entender a variação de preços do meu concorrente para saber como vamos agir no mercador”, relatou Wiggers.
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