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Educação de dados é o futuro

Falar em educação de dados ainda é tocar em um tema importantíssimo, porém, pouco conhecido para a grande maioria das pessoas. Afinal, em um mundo cada vez mais conectado, desenvolver a habilidade ler, analisar e trabalhar com dados é uma competência essencial para ajudar nas tomadas de decisões. Mas o acesso para desenvolver essa competência ainda é escasso, caro e inacessível para a grande maioria dos brasileiros.

De olho na necessidade de trabalhar essa democratização, a Social Good Brasil aproveitou a Expogestão Digital 2020 para fazer o pré-lançamento da Sala de Situação Digital (https://socialgoodbrasil.org.br/saladataforgood), um novo programa que, ao mesmo tempo que promove a fluência em dados, oferece dados, evidências e soluções para problemas que afetam a milhões de pessoas.

Defensora convicta do poder dos dados para sustentabilidade dos negócios e para ajudar a resolver problemas sociais, Fernanda Bornhausen, cofundadora e presidente da Social Good Brasil, explicou em sua palestra que a sala de educação digital  é  um ambiente digital, com metodologia autoral, voltado a leigos no assunto e com poucas condições de achar e pagar por um curso. Nessa proposta, o usuário aprende a partir de um problema prático, real, a navegar por aplicativos e dados que ajudem a resolvê-lo.

As redes sociais são um bom exemplo para entender a importância dos dados. Esses ambientes “contam” como é o comportamento das pessoas, quais os perfis. Quanto mais alguém souber analisar essas informações, maiores são as possibilidades, até para decisões de negócios.

“Eu tenho um propósito muito forte, uma paixão, que é fomentar o uso de tecnologia e de dados para resolver problemas sociais. E a Social Good Brasil, uma organização sem fins lucrativos, nasceu para fomentar o uso da tecnologia para o bem”, disse a palestrante.

Segundo Fernanda, criar, utilizar e gerenciar dados é essencial para o bom funcionamento da vida diária de consumidores, de governos e de empresas. Conforme ela, em 2025, 80% dos dados em todo o mundo estarão nas mãos das empresas. Antes, em 2023, serão quase 30 bilhões de dispositivos conectados, mais que o triplo da população mundial. O que isso quer dizer? Para Fernanda, significa que até para o trabalho será importante desenvolver essa habilidade. Pesquisa realizada pela Global Data Literacy mostrou que as organizações estão perdendo vantagem competitiva por conta da baixa alfabetização de dados. Entre os executivos entrevistados, somente 32% são vistos como alfabetizados em dados. Mas entre os entrevistados que usam dados em sua função, 94% concordam que eles ajudam a fazer seus trabalhos melhor.

“A educação de dados hoje é como um segundo idioma. O volume de dados cresce exponencialmente, o futuro do trabalho já começou, a lei de proteção de dados entrou em vigor é urgente tomar decisões baseadas em dados e evidências”, alertou a especialista.