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13/02/2025

Empresas não têm ambientes inclusivos, apontam portadores de deficiência

Um diagnóstico do Pacto Global, intitulado Radar da Inclusão, revelou que 80% dos trabalhadores com deficiência ou neurodivergência acreditam que as empresas brasileiras não estão preparadas para recebê-los. Os principais desafios incluem falta de adaptações no ambiente de trabalho, resistência cultural e insegurança em se declarar deficiente nos processos seletivos.

O estudo aponta que trabalhadores com deficiência ganham, em média, R$ 1.860, contra R$ 2.690 dos demais. Além disso, 55% estão na informalidade, evidenciando a necessidade de políticas de inclusão mais eficazes. O modelo remoto ou híbrido é preferido por muitos, pois oferece mais acessibilidade.

Apesar dos desafios, Santa Catarina se destaca como o sexto Estado que mais emprega pessoas com deficiência, com mais de 30 mil trabalhadores nessa condição. No setor industrial catarinense, 75,5% das empresas cumprem a Lei de Cotas, índice superior à média nacional de 60%.

Durante o painel Inclusão e Trabalho, promovido recentemente pela FIESC, a auditora fiscal Luciana Xavier Carvalho destacou que “Santa Catarina é um farol para o Brasil”, com 90% dos trabalhadores com deficiência atuando em empresas com mais de 100 funcionários. A Lei de Cotas (nº 8.213/1991), em vigor há mais de 30 anos, ainda enfrenta desafios. O presidente do TRT-12 (Santa Catarina), desembargador Amarildo Carlos de Lima, reconhece que a inclusão é essencial, mas exige superar preconceitos históricos. A especialista em diversidade, Lia Calder, alerta que a questão vai além da contratação, destacando a falta de oportunidades de crescimento profissional.

O presidente do Conselho Estadual dos Direitos da Pessoa com Deficiência de Santa Catarina (Conede/SC), Paulo Suldóvski, reforça que a exclusão começa antes do mercado de trabalho: “Muitas pessoas com deficiência são desencorajadas ao longo da vida”. Em 2025, a Lei de Cotas completará 34 anos, reforçando a necessidade de um ambiente acessível e inclusivo. O descumprimento pode gerar multas de até R$ 265 mil. No Brasil, 545 mil pessoas com deficiência estão formalmente empregadas, mas ainda há um longo caminho para a plena inclusão.

FONTES: Época Negócios e FIESC – Fevereiro/25

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