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11/09/2025

FIESC aponta queda de 19,5% nas exportações para os EUA; governo de SC anuncia prorrogação de tributos por 60 dias

Mesmo com a queda de 19,5% nas exportações de Santa Catarina para os Estados Unidos em agosto, na comparação com o mesmo mês do ano passado, os EUA seguem como principal destino dos embarques catarinenses. A informação é do economista-chefe da Federação das Indústrias de Santa Catarina (FIESC), Pablo Bittencourt.

Segundo ele, o resultado reflete dois fatores ligados ao tarifaço: a antecipação de pedidos por parte de clientes norte-americanos, que estocaram produtos antes da entrada em vigor das novas tarifas, e a suspensão de compras após a aplicação da sobretaxa de 50%. “Foi uma redução significativa em agosto, mas já esperada. Nos próximos meses teremos condições de avaliar como as exportações para os Estados Unidos vão se comportar”, explica Bittencourt.

No total, as vendas externas globais de SC cresceram 1,54% em agosto, alcançando US$ 971,4 milhões. O desempenho foi impulsionado pelo aumento das exportações para México (+47,5%), Chile (+30,9%) e Argentina (+21,7%), de acordo com dados do Observatório FIESC.

Entre os produtos que registraram alta no mês estão: carne de aves (+9,9%), soja (+16,1%), motores elétricos (+4,2%), transformadores elétricos (+28,7%) e papel kraft não revestido (+34,4%). Já entre os que tiveram retração destacam-se: carne suína (-6,2%), partes de motor (-42,7%) e, no setor de madeira e móveis, obras de carpintaria (-34,9%), madeira compensada (-30%), móveis diversos (-17,2%) e madeira serrada (-1%).

“O setor de madeira e derivados tem se mostrado um dos mais vulneráveis ao tarifaço. A forte dependência dos Estados Unidos e a produção de itens customizados para aquele mercado tornam a situação complexa, sem perspectivas de solução no curto prazo”, avalia o economista.

Acumulado do ano

De janeiro a agosto, os embarques catarinenses cresceram 5,9%, somando US$ 7,94 bilhões. O avanço foi puxado pelas proteínas animais. As exportações de carne de aves subiram 8,1%, para US$ 1,44 bilhão, enquanto as de carne suína avançaram 12,7%, para US$ 1,14 bilhão. No período, destacaram-se os envios de carne de aves ao México e de carne suína ao Japão.

Os Estados Unidos permaneceram como principal destino, mesmo com retração de 1,3% no acumulado até agosto. A China, segunda no ranking, também apresentou queda (-6,3%), assim como o México (-1,1%). Em contrapartida, as vendas para a Argentina cresceram 31,7%, para o Japão 13,8% e para o Chile 39,2% em relação aos oito primeiros meses de 2024.

Importações

As importações catarinenses recuaram 10,6% em agosto, totalizando US$ 2,75 bilhões. As compras de partes e acessórios para veículos caíram 12,6%, as de pneus de borracha 29,8%, enquanto houve forte alta nas importações de fertilizantes nitrogenados (+150,9%). O cobre refinado, principal item da pauta, teve alta de 12,9%. Houve retração nas cinco principais origens das importações: China (-16,5%), EUA (-3,5%), Chile (-6,9%), Alemanha (-27,4%) e Argentina (-15,3%).

No acumulado do ano, porém, as importações cresceram 2,6%, alcançando US$ 22,48 bilhões. A China segue como maior fornecedora, com US$ 9,58 bilhões (+2%). Já Estados Unidos (-6,6%) e Chile (-3,3%) registraram queda, enquanto Alemanha (+3,3%) avançou e Argentina (-6,1%) recuou.

Programa desTarifaço

Industriais do polo moveleiro do Planalto Norte, maior exportador de móveis do país, participaram em São Bento do Sul de um encontro promovido pela FIESC para apresentar medidas de apoio às empresas afetadas pelo tarifaço imposto pelos Estados Unidos. A reunião reuniu representantes da entidade, do governo estadual, BRDE e sindicatos, e trouxe um panorama econômico com análise do economista-chefe da FIESC, Pablo Bittencourt. Foram abordados os impactos do cenário atual, alternativas trabalhistas e ações de SENAI, SESI e IEL voltadas a empresas e trabalhadores, além de iniciativas de internacionalização para ampliar mercados em outros países.

Na ocasião, o vice-presidente da FIESC para o Planalto Norte, Arnaldo Huebl, ressaltou a mobilização da entidade em defesa do setor, enquanto o presidente do Sindusmobil, Luiz Carlos Pimentel, destacou o esforço das indústrias na preservação de empregos.

O governo estadual anunciou medidas como a liberação automática de créditos acumulados de ICMS e a prorrogação do tributo por 60 dias durante três meses. Já o BRDE apresentou linhas de crédito emergenciais, com juros subsidiados, voltadas a empresas classificadas em níveis crítico, alto e relevante de impacto.

FONTE: FIESC – Setembro/2025

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