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14/10/2025

FMI elevou a projeção de crescimento da economia brasileira em 2025

O Fundo Monetário Internacional (FMI) elevou a projeção de crescimento da economia brasileira para 2025, porém prevê uma desaceleração mais acentuada em 2026. O relatório Perspectiva Econômica Global, divulgado no dia 13 de outubro, aponta que o PIB do Brasil deve crescer 2,4% em 2025, ligeiramente acima da previsão anterior de 2,3%. Já para 2026, o FMI reduziu a expectativa para 1,9%, citando os impactos das tarifas impostas pelos Estados Unidos e os sinais de moderação na atividade econômica.

De acordo com o relatório, “sinais de moderação estão aparecendo em meio às políticas monetária e fiscal apertadas”. A previsão do FMI para o desempenho brasileiro é um pouco mais otimista que a do governo, mas o Ministério da Fazenda ainda aposta em uma expansão mais vigorosa em 2026, de 2,4%. A economia nacional cresceu 0,4% no segundo trimestre de 2025, segundo o IBGE, refletindo os efeitos da política monetária restritiva e dos juros elevados.

As relações comerciais entre Brasil e Estados Unidos também pesam nas projeções. Em agosto, o presidente Donald Trump impôs tarifas de 50% sobre produtos brasileiros, alegando motivações políticas. Após negociações, parte dos produtos foi isentada, e há expectativa de um novo encontro entre presidentes para discutir o tema. As restrições comerciais, no entanto, continuam afetando o desempenho das exportações e o ambiente de investimentos.

Outro fator que influencia a desaceleração é a taxa básica de juros, mantida em 15% pelo Banco Central, em um cenário de política monetária restritiva para controlar a inflação. O FMI projeta uma inflação média de 5,2% em 2025 e 4,0% em 2026, ainda acima do centro da meta oficial de 3%. O organismo também alerta para o aumento da dívida pública brasileira, que deve crescer como proporção do PIB, acompanhando tendências observadas em economias como China, França e Estados Unidos.

Em um contexto global, o FMI revisou para cima o crescimento das economias emergentes e em desenvolvimento, grupo que inclui o Brasil, prevendo uma expansão de 4,2% em 2025. O desempenho foi impulsionado pela forte produção agrícola brasileira, pela expansão do setor de serviços na Índia e pela demanda interna robusta na Turquia. No entanto, o relatório alerta que as condições externas estão mais desafiadoras e que o ímpeto doméstico de várias economias começa a enfraquecer.

Na América Latina e Caribe, o FMI projeta crescimento de 2,4% em 2025 e 2,3% em 2026, ajustes modestos em relação às previsões anteriores. O destaque regional é o México, cuja estimativa de crescimento foi revisada para cima, atingindo 1%, refletindo uma recuperação mais rápida do que o esperado. Para o Brasil, o cenário ainda é de resiliência, mas com desafios crescentes, entre eles, juros altos, incertezas externas e limitações fiscais que restringem o poder de estímulo do governo à economia.

FONTE: INFOMONEY

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