
A relação da Geração Z com o trabalho está longe de repetir a das gerações anteriores. Em vez de perseguirem promoções a qualquer custo ou aceitarem jornadas exaustivas, muitos jovens têm adotado um novo estilo: trabalhar o suficiente para manter estabilidade financeira e preservar energia para aquilo que realmente importa fora do escritório.
Esse comportamento ganhou um nome: Minimalismo Profissional.
A ideia é simples: fazer o que está no contrato, sem se sobrecarregar com horas extras, tarefas adicionais ou a pressão constante por crescimento hierárquico. Para estes trabalhadores, o emprego é apenas uma parte da vida e não o centro dela.
Menos cargos de chefia, mais equilíbrio
Uma pesquisa da Glassdoor com mais de mil usuários mostrou que 68% dos jovens da Geração Z não se interessam em assumir cargos de liderança quando isso não vem acompanhado de aumento salarial expressivo.
É um afastamento claro da “escada corporativa” que, por muito tempo, foi vista como sinônimo de sucesso.
Segundo Chris Martin, diretor de pesquisa da empresa, trata-se de “uma escolha consciente que estabelece limites, reduz a dependência de um único empregador e aposta em múltiplas fontes de renda”.
Os números confirmam: 57% desses jovens possuem ao menos um segundo emprego, superando a média das gerações anteriores.
Uma resposta ao mundo do trabalho
Para muitos, esse comportamento é consequência da instabilidade atual: demissões em massa, avanços da inteligência artificial e falta de garantias de longo prazo.
O resultado foi um novo pacto: se a empresa não garante lealdade, o trabalhador também não deve abrir mão da própria vida em nome dela.
Esse reposicionamento não significa trabalhar menos ou rejeitar responsabilidades, mas recusar uma versão obsoleta do trabalho.
FONTE: Portal6.com.br