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17/04/2025

Imposições de Trump geram incertezas, mas abrem oportunidades à indústria de SC

Em artigo assinado neste mês de abril, o presidente da FIESC, Mario Cezar de Aguiar, destaca que os recentes movimentos do ex-presidente Donald Trump evidenciam a industrialização como um fator estratégico para uma economia sustentável e competitiva. Segundo Aguiar, as ações articuladas por Trump deixam claro dois pontos: o principal alvo é a China, e o objetivo é reindustrializar os Estados Unidos. “Guerras comerciais são jogos de resultado negativo, em que cada lado busca maximizar os danos ao outro — e todos saem perdendo. Um embate entre as duas maiores potências afeta negativamente toda a economia global”, pontua.

Para a indústria catarinense, esse cenário complexo traz não apenas insegurança e incerteza, mas também riscos e oportunidades. No contexto anunciado em 2 de abril, exportadores que concorrem com produtos asiáticos — especialmente os chineses — podem conquistar maior espaço no mercado americano, uma vez que as tarifas aplicadas ao Brasil são significativamente menores do que as impostas à Ásia. Em Santa Catarina, setores como o madeireiro, cerâmico e metalmecânico — pilares das exportações do estado — podem ser diretamente beneficiados. Além disso, carnes de aves e suínos produzidas em SC, tradicionalmente exportadas para a China, ganham competitividade diante das pesadas tarifas de 84% que Pequim anunciou sobre produtos similares norte-americanos.

“A única certeza que temos é que novas mudanças virão. E, independentemente de quais forem, sempre haverá oportunidades. Aproveitá-las, no entanto, exigirá sangue frio”, alerta Aguiar. Ele destaca ainda que a equação é complexa e envolve diversas variáveis, como o aumento de preços, a volatilidade cambial e o acirramento da concorrência, com a possível entrada massiva de produtos chineses em mercados ao redor do mundo.

Nesse contexto, Aguiar reforça a importância da atuação estratégica do governo brasileiro: “É fundamental que o Brasil tenha capacidade técnica e diplomática para defender seus interesses nas relações comerciais. Ao mesmo tempo, as empresas precisam estreitar o diálogo com seus clientes. Não temos força para impor regras aos Estados Unidos ou à China, mas precisamos estar atentos para garantir nosso desenvolvimento, já que muitos interesses estão em jogo.”

Fonte: FIESC

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