Nos próximos meses, as mudanças regulatórias irão redesenhar as prioridades corporativas, como a Norma Regulamentadora No 1 (NR-1), que exigirá o gerenciamento de riscos psicossociais nas empresas. Com essas alterações, a saúde mental, antes vista como um diferencial, torna-se uma exigência no ambiente de trabalho.
Esta normativa, em vigor a partir de maio de 2025, passa a demandar que organizações incluam o mapeamento de fatores psicossociais em seus relatórios de gerenciamento de riscos, a serem apresentados periodicamente ao governo. “Será obrigatório identificar parâmetros psicossociais, adotar medidas preventivas contra o adoecimento mental, gerenciar a sobrecarga de trabalho e promover ambientes saudáveis, livres de assédio”, explica a fundadora e CEO da Vittude, Tatiana Pimenta.
Dados da Associação Nacional de Medicina do Trabalho (Anamt) revelam que cerca de 30% dos profissionais brasileiros sofrem de burnout, impactando diretamente o bem-estar dos colaboradores e o desempenho financeiro das empresas. Além disso, um estudo da Vittude aponta que 40% das pessoas percebem o trabalho como uma fonte significativa de estresse e desgaste mental.
Com a crescente demanda por jornadas de trabalho flexíveis, o equilíbrio entre vida pessoal e profissional será uma prioridade. “Condições que permitam aos colaboradores desconectar-se nos horários de descanso serão fundamentais para prevenir o esgotamento e aumentar a produtividade no longo prazo”, pontua a especialista na criação de ambientes corporativos humanizados e CEO da Newa e consultoria de impacto social, Carine Roos.
FONTE: Empreendedor.com.br – 29-01-25