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Os caminhos para o crescimento de uma organização

Na manhã do último dia da ExpoGestão 2022, Lucas Aliberti, diretor de novos negócios da Ligga Telecom; Daniel Wada, expert em modelagem de custos e precificação da UIT/ONU e sócio-diretor da Advisia; João Rezende, sócio-diretor da Ressel Consultoria e ex-presidente da Anatel debateram com profundidade algumas das principais estratégias de investimento e crescimento das empresas. Falaram sobre caminhos e estratégias que as companhias podem seguir, mediados por André Alves, sócio da Advisia Investimentos.
Os executivos, que são referências no mercado em questões regulatórias, em gestão e em estratégia, compartilharam com os participantes conhecimentos práticos sobre os desafios de crescer de forma sustentável e como gerar valor para a companhia e para os acionistas, seja com valorização das ações, distribuição de dividendos, reinvestindo na empresa ou mesmo por meio de aquisição, fusão, participação minoritária, joint venture ou outras formas de parcerias.
Lucas Aliberti, responsável pelo planejamento estratégico de novos negócios, como aquisições e fusões, argumentou que uma empresa precisa ter muito claro seus objetivos de curto, médio e longo prazo. A partir dessas premissas traçar o planejamento para alcançar seus objetivos. Mas como priorizar bons projetos? A avaliação passa por critérios como sinergia, complementaridade, defesa de mercado, entre outros. O processo de fusões e aquisições ou M&A (do inglês Mergers and Acquisitions) deve ser considerado como uma dessas estratégias.
Daniel Wada, profissional com ampla experiência em projetos de consultoria em diversos setores no Brasil e em outros países, seguiu na mesma argumentação. Para entrar na seara M&A, primeiro é necessário avaliar dois fatores: 1 – a empresa tem caixa, 2 – a companhia pretende crescer ou distribuir os lucros. No caso de optar por investir, entram avaliações criteriosas para entender o que se quer. Um dos fatores que devem ser considerados, além da razão, é o emocional. “Eu estou acostumado a fazer brigadeiros do meu jeito e comer sozinho. Depois, estarei eu disposto a fazer um bolo de brigadeiro junto com alguém e dividi-lo?”, exemplificou.
João Rezende, mestre em Economia pela PUC de São Paulo e conselheiro de Administração certificado pelo Instituto Brasileiro de Governança Corporativa – IBGC, falou da importância dos agentes reguladores. No Brasil, o Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) foi criado na década de 1960, mas teve atuação de forma ativa apenas na década de 90, no caso envolvendo a aquisição da Kolynos pela Colgate. Destacou que é importante sua atuação para evitar concentração de mercado, que não é saudável para a economia e traz prejuízos inclusive à inovação tecnológica.
André Alves, mediador do debate com mais de 10 anos de experiência em consultoria estratégica, citou exemplos da WEG, Random e outros casos de sucesso de crescimento por aquisições e fusões. “M&A passou a ser uma competência fundamental na geração de valor. Mas é preciso estar ligado o tempo todo e lembrar que a concorrência também pode usar a mesma estratégia”, explicou.