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Os desafios e os caminhos para a construção da indústria do amanhã

Painel da ExpoGestão terá a presença de executivos que são referência no país e no exterior para debater o tema

Você sabia que a indústria representa mais de 21% do PIB brasileiro, responde por 70% das exportações de bens e serviços, concentra quase 70% do investimento empresarial em pesquisa e desenvolvimento e é responsável por um terço dos tributos federais?

Estas informações do Portal da Indústria, da CNI, dão a exata dimensão da relevância que o setor tem para a economia nacional. É com esta responsabilidade de locomotiva do setor produtivo que a indústria precisa evoluir e se reinventar de forma permanente para se manter competitiva.

Na visão do diretor da Inovação e Competitividade da FIESC (Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina), José Eduardo Fiates, as organizações têm desafios em três âmbitos: o primeiro é dentro das próprias empresas, o segundo na cadeia econômica do segmento e o terceiro é a conjuntura global.

“O papel do CEO decisivo. Por isto, precisa estar cada vez mais preparado, atento e sensível para rever com urgência processos, produtos e dinâmicas do mercado. É preciso dar saltos em performance, competitividade qualidade e tecnologia”, afirma Fiates, acrescentando que a FIESC tem o papel de articular a permanente evolução e reinvenção para que a indústria catarinense tenha ainda mais protagonismo nos cenários nacional e mundial.

Na avaliação do executivo, há três caminhos para esta reinvenção: o incremental, com melhorias e avanços dentro do core business da organização; o inovador, com novas iniciativas, novos canais ou negócios adjacentes, por exemplo; e o disruptivo, com modelos de negócios, produtos ou serviços completamente diferentes dos que são oferecidos atualmente pela companhia.

Mas como saber se estamos realmente nos reinventando?

Por que é fundamental recuperar e manter o espírito de startup que as empresas tradicionais tinham no começo de suas trajetórias?

É possível equilibrar alta performance do modelo atual com a reinvenção para um futuro consistente e relevante?

Que modelos seguir: o liberalismo americano, a sistematização européia ou a agilidade de decisão e implementação asiática?

Estas são algumas das reflexões ao painel “O Futuro da Indústria”, que Fiates vai conduzir e moderar durante a ExpoGestão 2023, ao lado do presidente da FIESC, Mário Cezar de Aguiar; do CEO da Tupy, Fernando Cestari De Rizzo; do presidente da Câmara de Desenvolvimento da Indústria da Moda da FIESC e CEO da Marisol, Giuliano Donini; e do diretor geral da fábrica do BMW Group em Araquari, Otávio Rodacoswiski.

O diretor de Inovação e Competitividade da FIESC aponta que o histórico associativista catarinense, com insights produtivos a partir da troca de boas práticas, é um grande ativo nesta reinvenção. “A melhor maneira de enfrentar o processo é aprender na prática com a própria indústria, aprender a conviver com o problema e aprender a superar os desafios com quem já está encontrando as soluções”, afirma Fiates.

O painel “O Futuro da Indústria” da ExpoGestão 2023 mostrará como o setor está se reinventando, trará reflexões sobre inovação, competitividade, tendências e uma necessidade cada vez maior de colaboração entre as empresas para que o setor se reinvente de fato para continuar sendo a locomotiva da economia brasileira.

Painelistas

Mario Cezar de Aguiar é presidente da FIESC. Também preside os conselhos regionais do Sesi e do Senai, a Câmara de Assuntos de Transporte e Logística da FIESC e o Conselho Estratégico para Infraestrutura de Transporte e Logística Catarinense. Engenheiro civil formado pela UFSC, tem especialização em Construção Civil pela FURB e em Gestão Empresarial pela Pensylvania State University. É empresário dos setores da construção civil e do plástico.

Fernando Rizzo é CEO da Tupy. Ao longo dos cerca de 30 anos de carreira na companhia, em que começou como estagiário, foi ampliando o conhecimento do negócio e as experiências em diferentes áreas e regiões de atuação lhe possibilitaram vivenciar toda a cadeia de valor da Tupy, da operação ao cliente. Além de especializações pelo CEAG FGV/SP e em Stanford, é formado em Engenharia Mecânica pela FAAP e tem MBA em Marketing e Finanças pela Indiana University. Em 2022, foi listado entre os 10 melhores CEOs do Brasil, segundo a Forbes. 

Giuliano Donini é presidente da Câmara de Desenvolvimento da Indústria da Moda da FIESC, CEO da Marisol e cofundador e CEO da ALLP Negócios Digitais – plataforma que conecta pessoas, lugares e serviços para a promoção de saúde e bem-estar. Também é presidente do Conselho de Administração da Sociedade de Cultura Artística de Jaraguá do Sul (SCAR) e membro do Conselho Superior da Associação Empresarial de Jaraguá do Sul.

Otávio Rodacoswiski teve seu primeiro contato com a BMW em 1999, quando trabalhou na Tritec Motors em Campo Largo, joint venture que fabricou motores para a planta da MINI em Oxford. Em 2007 ingressou no BMW Group como Lean Manufacturing Specialist, na fábrica de motores de Steyr, Áustria. Retornou ao Brasil em 2009 como gerente sênior de produção na fábrica de motocicletas de Manaus e, posteriormente, como gerente sênior de Pós-Vendas de BMW Motorrad, em São Paulo. Em 2013, chegou à fábrica de Araquari, onde atuou como gerente sênior de Montagem e, a partir de 2016, como diretor. Após dois anos atuando na Alemanha no setor de Production System Strategy, assumiu a posição de vice-presidente de Produção Sênior em Araquari, desde 2021.

José Eduardo Fiates – Mediador é Diretor de Inovação e Competitividade da FIESC. É fundador e presidente do Conselho da Cventures, empresa gestora de ativos, participações e do fundo de investimento e capital de risco da Fundação CERTI, e da Darwin Ltda., aceleradora de empresas inovadoras da Fundação CERTI. Graduado em Engenharia Mecânica, pós-graduado em Administração de Empresas, Mestre em Engenharia de Produção de Sistemas e Doutor em Engenharia e Gestão do Conhecimento pela UFSC.