Os vetores da Transformação Digital
“Entregar uma nova proposta de valor para a empresa, seus parceiros de negócios e para a sociedade.” Este é o principal objetivo da Transformação Digital pela qual o mundo vem passando – e mais rapidamente agora, forçado pela crise sanitária. Quem afirma é Rafael Cardoso, líder das iniciativas de Inovação e Service Provider na Sercompe e palestrante neste segundo dia da Expogestão 2020.
Rafael Cardoso atua na área de Tecnologia da Informação há mais de vinte anos. Entusiasta da tecnologia e do lifelong learning, é o mais premiado parceiro de negócios da HPE na América Latina. Com formação na área de tecnologia, tem especializações em design e delivery de soluções de TI e atuou em projetos em centenas de empresas com presença nacional e global. Tem mais de 30 certificações na área, entre elas a de HPE Master Accredited Systems Engineer, o nível mais alto dentro de sua área de atuação. É o único representante brasileiro no capítulo latino-americano do Tech Pro Master ASE Advisory Council, um conselho dedicado a promover melhorias contínuas nas soluções de tecnologia desenvolvidas pelo fabricante HP.
Entregar experiências
O processo de Transformação Digital, detalha Rafael Cardoso, passa por várias etapas, sendo duas mais evidentes: passar do analógico para o digital e utilizar os dados digitalizados na tomada de decisões mais precisas. “Além da nova proposta de valor, a TD tem o intuito de entregar uma experiência aos clientes, aos parceiros e à sociedade. Um bom exemplo é a própria Expogestão, neste ano totalmente digital para se adaptar aos protocolos da pandemia. Ela não termina, mas se transforma numa plataforma rica em informações, acessível a qualquer momento, em todo lugar”, citou Cardoso, acrescentando marcas como Uber e Airbnb como exemplos bem sucedidos de Transformação Digital. “Essas duas marcas demonstram como a TD possibilita a experiência de usufruir em vez de ter. Você não tem um carro, não precisa fazer reserva de hotel; você utiliza os serviços do Uber e do Airbnb, com a facilidade proporcionada pela tecnologia da informação.”
A Transformação Digital vai, de acordo com pesquisas e estudos recentes, movimentar trilhões de reais nos próximos anos, e quem estiver preparado – ou se preparando – vai sair na frente. “A pandemia – diz Cardoso – acabou atropelando muitas iniciativas que vinham se arrastando há anos, em velocidade baixa. Foi uma verdadeira operação de guerra. Houve muitos casos de fracasso por inaptidão, mas também muitas empresas foram rápidas e criativas.” Se restaurantes fecharam, outros se adaptaram ao delivery, por exemplo.
O setor de saúde foi um dos que tiveram de acelerar os processos de TD: “Hoje a telemedicina já é uma realidade, pois a pandemia forçou uma velocidade maior, para superar os desafios da doença”.
Não há receita pronta para implantar um processo de Transformação Digital. “Importante é observar os três vetores: mudança da proposição de valor, apoio da tecnologia e velocidade certa de implantação”, conclui Rafael Cardoso.