No ano de 2024, o Brasil registrou o maior número de recuperações judiciais da série histórica da Serasa Experian, com 2.273 empresas adotando um regime especial para se reestruturarem financeiramente. Este número representa um aumento de 61,8% na comparação com 2023.
A última vez que a Serasa registrou volume semelhante de empresas em recuperação foi em 2016. “Embora o ambiente econômico estivesse aquecido em 2024, o Brasil enfrenta uma taxa de juros bastante restritiva. Para as empresas que entram em inadimplência e não conseguiram reverter essa situação, o instrumento de recuperação judicial auxilia na reorganização, evitando assim a falência”, explica a economista da Serasa Experian, Camila Abdelmalack.
O segmento mais prejudicado no ano passado foi o de serviços, que concentrou 40,8% das recuperações. Em seguida ficaram comércio (25,3%), setor primário (18,6%) e indústria (15,2%). Este levantamento da Serasa também mostra que o ano foi mais complicado para as micro e pequenas empresas, com 1.676 pedidos, um aumento de 78,4% em relação a 2023. Em seguida, ficaram empresas médias e grandes. Mesmo com o recorde nas recuperações judiciais, houve um recuo de 3,5% no pedido de falências.
FONTE: Folha de São Paulo – 28-01-25