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12/11/2025

Quase metade dos brasileiros não tem reserva de emergência, revela pesquisa Datafolha

Apesar de a maioria dos brasileiros afirmar ter algum grau de organização financeira, 43% não possuem qualquer reserva para emergências, aponta pesquisa Datafolha divulgada no início de novembro. O levantamento mostra que 59% dos entrevistados se consideram organizados com o dinheiro, mas a prática revela uma realidade mais frágil.

Nos últimos 12 meses, 84% das pessoas enfrentaram algum tipo de imprevisto financeiro, como atrasos no pagamento de contas, necessidade de empréstimos ou até negativação do nome.

O estudo indica que o planejamento financeiro ainda é um hábito em construção. Cerca de 64% dos brasileiros afirmam planejar as despesas mensais, o que demonstra um esforço coletivo para lidar com o aumento do custo de vida e o endividamento. No entanto, a satisfação com a própria situação financeira segue baixa: 46% estão insatisfeitos, 38% se dizem neutros e apenas 16% estão satisfeitos. Entre os que acompanham de perto seus gastos, a satisfação é maior, o que evidencia a relação direta entre controle financeiro e bem-estar econômico.

Mesmo entre os que tentam se organizar, a dificuldade para fechar as contas no fim do mês é alta. Quase quatro em cada dez entrevistados (39%) afirmam conseguir pagar as despesas, mas sem sobras, enquanto 19% dizem não conseguir quitar todas as obrigações. Em um recorte mais detalhado, 39% admitem que gastaram mais do que ganharam no último ano, percentual que sobe para 54% entre os que não se consideram planejados. Além disso, 52% dizem ter apenas uma noção aproximada de quanto gastam, o que reforça a falta de controle efetivo sobre o orçamento.

A ausência de uma reserva de emergência é mais evidente nas classes médias: 78% dos que não têm dinheiro guardado pertencem à classe C. O mesmo padrão se repete quando o assunto é planejamento de longo prazo — 56% dos brasileiros já pensaram em como distribuir seus bens, mas apenas 7% formalizaram um testamento ou plano sucessório. Esses dados revelam que, embora o tema das finanças pessoais esteja mais presente na rotina, a cultura de poupar e planejar o futuro ainda é incipiente.

A pesquisa Datafolha ouviu 2 mil pessoas com 18 anos ou mais, das classes A, B e C, com acesso à internet, entre os dias 16 e 29 de julho, em todas as regiões do país. A margem de erro é de dois pontos percentuais. O levantamento foi divulgado no mesmo período em que se aproxima o pagamento do 13º salário, cuja primeira parcela deve ser depositada até 30 de novembro. Para muitos trabalhadores, esse recurso representa uma oportunidade importante de equilibrar o orçamento ou iniciar uma reserva financeira, reduzindo a vulnerabilidade diante de emergências.

FONTE: O GLOBO

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