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21/08/2025

RODRIGO BRESSAN – Hiperconexão digital molda o cérebro e desafia a saúde mental

Um em cada quatro pessoas terá um transtorno mental ao longo da vida. O dado, apresentado pelo médico psiquiatra Rodrigo Bressan durante a ExpoGestão 2025, revela a dimensão de um dos maiores desafios contemporâneos: conciliar a vida digital com a preservação da saúde emocional. Segundo o especialista, a tecnologia ocupa papel central nesse cenário, podendo tanto agravar transtornos quanto abrir caminhos inovadores para preveni-los.

Bressan destacou que o excesso de telas, redes sociais e aplicativos não apenas redefine comportamentos, mas também impacta diretamente o cérebro e nossas relações. “A saúde mental tornou-se um dos maiores desafios da atualidade, e a vida digital está no centro dessa discussão”, afirmou. Com exemplos do cotidiano, ele mostrou como a hiperconexão pode aumentar os níveis de estresse, comprometer a concentração e gerar dependência tecnológica.

A palestra reforçou que a mente funciona como um sistema dinâmico, sempre em busca de equilíbrio. O estresse, quando moderado, pode estimular crescimento e resiliência. Mas, em excesso e de forma prolongada, é capaz de desencadear transtornos psiquiátricos graves. A constatação de que uma em cada quatro pessoas enfrentará esse tipo de condição torna o tema urgente para famílias, escolas e empresas.

Entre os impactos mais visíveis da chamada “invasão digital” estão a ansiedade, a dificuldade de foco, a fadiga mental e distorções da autoimagem. Termos cada vez mais comuns, como nomofobia (medo de ficar sem celular) e FOMO (medo de perder algo online), refletem um cotidiano em que a tecnologia se torna indispensável, mas também aprisiona. Pesquisas já indicam, inclusive, que a simples presença do celular próximo reduz a performance cognitiva, mesmo quando não está em uso.

O psiquiatra chamou atenção especial para crianças e adolescentes, mais vulneráveis aos efeitos da comparação social e da superestimulação das redes. A pressão por padrões irreais de beleza e sucesso pode resultar em ansiedade, depressão e distúrbios alimentares. “Os jovens estão moldando sua identidade sob os olhos das redes, e o contraste entre a vida real e a idealizada pode ser devastador”, alertou Bressan.

Apesar do cenário preocupante, o especialista reforçou que a tecnologia também pode ser aliada da saúde mental. Ferramentas como aplicativos de monitoramento emocional, consultas por telemedicina e programas de educação digital têm potencial para democratizar o acesso ao cuidado. Ele citou o MindCheck, plataforma que identifica riscos de transtornos a partir de questionários e entrevistas online, permitindo intervenções precoces.

A mensagem final foi de equilíbrio: não se trata de rejeitar a tecnologia, mas de aprender a usá-la com consciência. Bressan recomendou medidas práticas, como limitar o uso do celular em momentos de concentração, estabelecer regras claras para jovens e priorizar hábitos protetores da mente, como atividade física, sono adequado e conexões sociais reais. “Não se trata de demonizar as telas, mas de resgatar o protagonismo humano frente às máquinas”, concluiu.

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