
O Ministério do Trabalho e Emprego divulgou um levantamento que coloca o Brasil na liderança mundial em desligamentos, representando um desafio significativo para profissionais de Recursos Humanos (RH) e Departamento Pessoal (DP). Segundo o estudo, o mercado brasileiro enfrenta um cenário alarmante, com taxas de rotatividade superiores a 52% ao ano.
Para a CEO e fundadora da Sólides, Mônica Hauck, a alta rotatividade atua como um “vilão silencioso” dentro das organizações. “Esses desligamentos geram custos diretos e indiretos elevados, envolvendo encargos trabalhistas, despesas com recrutamento, treinamento e o tempo até que o novo colaborador atinja sua plena produtividade — o que representa quase metade do salário anual do profissional desligado”, explica.
Diante desse cenário, a adoção de tecnologias integradas torna-se essencial para enfrentar a alta rotatividade e a crescente judicialização das relações de trabalho. Empresas que utilizam essas soluções conseguem reduzir em até 43% a rotatividade, além de obter economias significativas. Uma organização com 150 funcionários, por exemplo, pode economizar até R$ 300 mil por ano apenas com a redução na rotatividade, sem contar os ganhos com a automatização de processos como controle de ponto, folha de pagamento e aumento da eficiência do RH.
Entre as principais tendências para os próximos anos, destaca-se o uso estratégico da inteligência artificial (IA). A capacitação será um diferencial competitivo para aqueles que souberem aplicar essas ferramentas, ampliando a eficiência e a assertividade das equipes. “Contratar pessoas alinhadas às funções e à cultura organizacional gera melhores resultados e reduz a rotatividade”, completa Mônica.