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31/01/2025

Trump na presidência: oportunidades e riscos para SC

Em artigo assinado pelo presidente da FIESC, Mario Cezar de Aguiar, o empresário afirma que a volta do empresário Donald Trump à Casa Branca é analisada com bons olhos pelos industriais catarinenses, que acreditam em valores como a livre iniciativa, o empreendedorismo, a liberdade de expressão e defendem que a redução da carga tributária e a eficiência da gestão pública são essenciais para qualquer país. Porém, segundo Aguiar, a perspectiva de taxar importações deixa a nossa indústria em alerta.

Aguiar justifica sua apreensão: os Estados Unidos são o 2º parceiro comercial do Brasil e o principal destino das exportações catarinenses. No ano passado, o Estado embarcou para lá US$ 1,74 bilhão, na sua maioria itens manufaturados, como produtos de madeira, motores elétricos, partes de motor e cerâmica.

Durante sua posse, Trump mencionou duas possibilidades de elevação de tarifas sobre as exportações brasileiras. A primeira, caso o país avance com o BRICS para substituir o dólar nas transações comerciais. A segunda com o princípio da reciprocidade, impondo tarifas equivalentes às aplicadas pelo Brasil às importações norte-americanas.

Como o Brasil tem déficits comerciais com os Estados Unidos e a substituição do dólar tem baixas chances de sucesso, o impacto provavelmente será menor para o Brasil, que pode se posicionar como observador em meio à disputa. Portanto, é tempo de estar alerta tanto às oportunidades, quanto aos riscos. E ao governo brasileiro cabe uma postura pragmática, de diálogo, pois antes da ideologia estão os interesses do país.

Para a colunista de Economia do Portal NSC, Estela Benetti, esta segunda “Era Trump” sinalizava um começo mais tenso para a economia mundial por conta de elevações de tarifas para todos os mercados. Isso não ocorreu e, então, os mercados ficaram mais tranquilos. Segundo ela, a expectativa é de que mudanças econômicas não serão tão rápidas na maior economia mundial, com impactos no Brasil e em Santa Catarina.

“Esse cenário dos primeiros dias de governo representa um alívio para a economia catarinense, em especial a indústria do Estado, que tem no mercado americano o seu principal destino de exportações, onde vende itens de maior valor agregado e obtém o maior faturamento”, destaca a colunista.

Em 2024, SC fechou a balança comercial com mais de US$ 11 bilhões em exportações. Desse total, US$ 1,7 bilhão veio das vendas aos Estados Unidos. Os produtos mais exportados foram itens de madeira, motores elétricos, geradores, compressores e partes de motores de grandes máquinas. Mas também, o estado vende bem produtos para construção civil, barcos e outros.

FONTE: FIESC e NSC Total – Janeiro/2025

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