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A revolução da computação quântica

 

Milhões de possibilidades ao mesmo tempo, resolvendo problemas até então considerados impossíveis. E isso não é filme de ficção científica. É o novo mundo da computação quântica, que já é uma realidade nos laboratórios da IBM e está disponível no “em nuvem” para os mais de 100 mil usuários do IBM Q Experience.

O relato fascinante desse novo mundo da computação esteve no palco da Expogestão 2019 com a palestra de Ulisses Mello, diretor de Pesquisa da IBM. Em 20 anos na multinacional, Mello passou por diversos cargos, entre Brasil e Nova Iorque, e tem mais de 80 artigos publicados e 20 patentes depositadas.

De forma didática, brindou o público com muito conhecimento sobre computação quântica e traçou um cenário revolucionário. Explicou que enquanto na computação clássica se trabalha com os tradicionais bits, na computação quântica a base é o qubit. Esses são capazes de processar milhões de possibilidades ao mesmo tempo, usando menos energia. Em termos práticos, Mello citou algumas aplicações que poderão ser beneficiadas.

Em química, novos medicamentos, catalizadores e aditivos poderão ser desenvolvidos em menos tempo. Nanomateriais compostos de átomos e moléculas em diversas aplicações serão outros beneficiados com a computação quântica. Em agronegócios, por exemplo, podem ser desenvolvidos fertilizantes inteligentes, que liberam determinadas substâncias no tempo que se deseja e na quantidade necessária.

Inspirada na natureza, a computação quântica reconhece que entre zero e um há infinitas possibilidades e todas estão interligadas e se sobrepõem, podendo ocorrer em paralelo. Com isso, ampliam-se exponencialmente as respostas e os estados possíveis. Os elementos conhecidos no universo, explicou Mello, podem ser representados por 2 na potência 275. Atualmente, a computação quântica da IBM já trabalha com 2 na potência 50. Se seguir nesse ritmo, em 5 anos, todo o universo conhecido poderá ser representado em um computador.

Mas, afinal, quando tudo isso irá beneficiar a população? Ulisses Mello prevê que em menos de cinco anos a computação trará vantagens competitivas em várias aplicações. O IBM Q Experience disponibiliza, desde 2016, uma plataforma em “nuvem”, oferecendo a pesquisadores, estudantes e interessados a possibilidade de trabalhar com computação quântica real. E em janeiro deste ano lançou o primeiro sistema de computação quântica universal fora de seu laboratório para pesquisa. Atualmente, são mais de 100 mil usuários com 7,2 milhões de experimentos, contribuindo para a disseminação dessa inovação.

Além disso, a rede global IBM Q congrega em sistema colaborativo organizações e empresas com visão de futuro, instituições acadêmicas, laboratórios de pesquisas e startups que acreditam que a computação quântica seja capaz de impactar de forma revolucionária os próximos passos do desenvolvimento mundial.