Com o fim de 2025 no horizonte, investidores já voltam seus olhos para o próximo ano, e a pergunta é inevitável: onde investir dinheiro em 2026?
Para Antônio Sanches, analista de research, a resposta não é única, mas estratégica. Ele defende que a combinação entre diversificação, horizonte de longo prazo e respeito ao perfil de cada investidor será o grande diferencial para navegar com segurança no novo cenário econômico.
Mesmo com expectativa de queda na taxa Selic, hoje elevada, a renda fixa deve manter boa atratividade ao longo de 2026. Segundo projeções da Rico, os juros podem recuar gradualmente para algo próximo de 12% ao ano, favorecendo aplicações pós-fixadas e indexadas à inflação. Ainda assim, Sanches destaca que ignorar a renda variável seria um erro estratégico, ações, fundos imobiliários e multimercados devem fazer parte do portfólio, em diferentes proporções, conforme o perfil do investidor.
A diversificação internacional também entra no radar. O câmbio tende a permanecer na faixa dos R$ 5,30 a R$ 5,40 por dólar, mas com imprevisibilidade típica de um ano marcado por ajustes econômicos no Brasil e no mundo. Por isso, proteger parte do patrimônio com ativos atrelados ao dólar pode reduzir riscos e exposição à inflação doméstica.
Para quem pretende investir em ações em 2026, Sanches reforça a importância de critérios bem definidos e análise profunda. Isso inclui olhar para o cenário macroeconômico, escolher setores com fundamentos sólidos e priorizar empresas lucrativas, com boa gestão e preços atrativos. Quem não deseja se aprofundar em valorizações, balanços e indicadores pode recorrer a carteiras recomendadas ou fundos profissionais, e acompanhar os resultados de maneira prática.
Se há uma regra que segue válida em 2026 é a mesma que protegeu investidores ao longo dos anos mais turbulentos da economia brasileira: não apostar tudo em um único caminho. Uma carteira equilibrada, com renda fixa, variável e ativos internacionais, continua sendo uma das formas mais eficientes de enfrentar volatilidade e capturar oportunidades, ao mesmo tempo em que preserva o patrimônio.
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Fonte: Infomoney
