
A recente suspensão de novos financiamentos da Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP), tem preocupado a Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (FIESC). O motivo da preocupação é que a instituição governamental já atingiu limite de operações de crédito via agentes financeiros, reduzindo assim a capacidade de conceder novos financiamentos. O presidente da FIESC, Mario Cezar de Aguiar, essas medidas comprometem seriamente a capacidade do setor produtivo de continuar investindo em inovação, tecnologia e desenvolvimento industrial, pilares essenciais para a competitividade da indústria catarinense e brasileira.
“O FNDCT tem sido um instrumento crucial para financiar projetos estratégicos em diversas áreas, incluindo indústria 4.0, biotecnologia, energias renováveis e digitalização de processos produtivos. Reduzir esse orçamento significa enfraquecer a capacidade do Brasil de competir globalmente, colocando em risco avanços tecnológicos essenciais para o futuro do país”, salienta Aguiar. Segundo ele, a proposta de redução no orçamento do Fundo – de R$ 12,7 bilhões em 2024 para R$ 10,3 bilhões em 2025 – representa um retrocesso no esforço nacional para fomentar a inovação.
“É fundamental que os recursos para inovação sejam assegurados e ampliados, garantindo que Santa Catarina continue sendo um polo de referência em desenvolvimento industrial e tecnológico. O setor produtivo catarinense não aceitará medidas que comprometam seu crescimento e sua capacidade de inovar”, argumenta Aguiar.
Por outro lado, a Finep justifica a suspensão alegando que o limite de recursos para 2025 foi atingido em tempo recorde. Na avaliação da Federação, o volume de demanda apenas reforça a necessidade de ampliar, e não restringir recursos – como prevê a proposta de redução de 18% no FNDCT – para seguir viabilizando os investimentos em projetos inovadores.
FONTE: FIESC – 12/02/25