Um estudo recente do Bureau of Labor Statistics (BLS), órgão americano equivalente ao IBGE, aponta os setores com maior potencial de crescimento nos próximos dez anos, informações essenciais para empresas que buscam alinhar estratégia de talentos e planejamento corporativo às tendências globais.
Mudanças estruturais, como envelhecimento populacional, transformação digital e transição energética, estão remodelando o mercado de trabalho.
Profissões ligadas à saúde, assistência social, serviços científicos e técnicos, tecnologia da informação e mídia digital se destacam como vetores de crescimento, exigindo das organizações investimento em capacitação, atração de talentos e inovação contínua.
Para especialistas em carreira, como Taís Targa, essas tendências também impactam o Brasil, embora em ritmo mais lento devido a fatores políticos, econômicos e sociais. “O avanço tecnológico e o envelhecimento populacional demandam atualização constante de profissionais. Empresas que se anteciparem às mudanças terão vantagem competitiva”, afirma.
Setores com maior potencial de expansão corporativa:
- Saúde e assistência social (+8,4%): crescente demanda por médicos, enfermeiros, fisioterapeutas e cuidadores cria oportunidades estratégicas para instituições de saúde e startups de serviços domiciliários.
- Serviços profissionais, científicos e técnicos (+7,5%): inteligência artificial, análise de dados e softwares integrados reforçam a necessidade de líderes capazes de gerir projetos complexos e equipes altamente especializadas.
- Tecnologia da informação, mídia digital e telecom (+6,5%): expansão de data centers, streaming e serviços digitais evidencia o papel central da tecnologia na inovação corporativa.
- Gestão de empresas (+4,4%): crescimento moderado, mas estratégico, reforçando a importância de habilidades de liderança, governança e tomada de decisão orientada a dados.
- Energia renovável e transição energética: novas oportunidades em engenharia, manutenção e operação de sistemas energéticos sustentáveis, incluindo produção de baterias e carros elétricos, com potencial de gerar milhares de vagas qualificadas.
Em contrapartida, setores tradicionais, como comércio varejista (-1,2%) e mineração (-1,6%), exigem atenção corporativa. O avanço do e-commerce, automação e robótica reduz a necessidade de mão de obra tradicional, demandando requalificação de equipes e revisão de modelos de negócio.
O levantamento projeta a criação de 5,2 milhões de empregos líquidos nos EUA até 2034, uma expansão de 3,1%. Mais do que números, o estudo oferece insights estratégicos para empresas: investir em capacitação, desenvolver planos de sucessão, adotar tecnologia de ponta e criar ambientes corporativos adaptáveis será determinante para atrair e reter talentos em um mercado em rápida transformação.
Conclusão: Para líderes e gestores de RH, o cenário é claro: o futuro do trabalho será moldado pela interseção entre tecnologia, demografia e sustentabilidade.
Organizações que anteciparem essas tendências estarão à frente, fortalecendo não apenas suas operações, mas também sua marca empregadora e capacidade de inovação.
FONTE: Portal G1
