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24/01/2025

Governo precisa escolher entre inflação em alta ou queda de vagas no mercado de trabalho

José Márcio Camargo, Economista-chefe da Genial Investimentos e palestrante da edição de 2024 da Expogestão, garantiu em entrevista especial ao jornal Estadão que o governo Lula será obrigado a escolher entre dois caminhos ruins na economia e que terão efeitos negativos para o PT nas eleições presidenciais do ano que vem: deixar a inflação ficar acima do teto da meta ou ver o mercado de trabalho se deteriorar. 

Para ele, a escolha será pela inflação mais alta e, por isso, as estimativas da Genial apontam que o IPCA ficará acima de 7% em 2026, puxado pela valorização do dólar – que, na sua visão, pode chegar a R$ 7,20, – e pelo aumento de gastos no ano das eleições.

Em sua avaliação, parte do ajuste fiscal será feito via aumento da inflação, porque isso diminui a dívida em termos reais – um cenário parecido com o que o Brasil viveu nos anos 80. “É um calote disfarçado, num certo sentido. Você está diminuindo o valor da dívida (com a inflação mais alta). Os possuidores da dívida, aqueles que compraram títulos com taxa de juros fixa lá atrás, vão perder”, afirma o economista, com doutorado em Economia pelo Massachussetts Institute of Technology (MIT) e professor titular aposentado do Departamento de Economia da PUC-Rio.

Sobre o momento atual da economia, ele ressalta que os investidores não acreditam que o governo vai fazer qualquer coisa importante para reduzir despesas ou pelo menos fazer com que elas parem de crescer. “Isso gera pressão inflacionária. E uma parte grande do problema tem a ver com a política de aumento real (acima da inflação) do salário mínimo, que indexa gastos obrigatórios, transferências sociais”, alerta o economista.

De acordo com Camargo, provavelmente o Banco Central, o Executivo e o Ministério da Fazenda vão entrar em um acordo e vão fazer com que o Banco Central aceite uma taxa de inflação um pouco maior do que a meta. O Brasil vai ter uma taxa de inflação de 5,7% em 2025 e de 7,2% em 2026.

FONTE: Estadão – 21-01-25

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