Durante a pandemia de Covid-19, em 2020, o teletrabalho cresceu exponencialmente, permitindo a continuidade das atividades econômicas e gerando economias com aluguel, energia e internet para as empresas. Os funcionários relataram melhorias na qualidade de vida, economizando tempo e dinheiro ao evitar deslocamentos. Uma pesquisa do IBGE mostrou que os trabalhadores remotos ganhavam, em média, 2,7% a mais do que os presenciais.
No entanto, o cenário mudou. A insegurança em relação à produtividade é o principal motivo pelo qual algumas empresas estão abandonando o home office, segundo Eliane Ramos, presidente da Associação Brasileira de Recursos Humanos (ABRH). Problemas com produtividade, integração de equipes e expansão de empresas explicam o fenômeno. Especialistas, contudo, não acreditam que funcionários sejam os únicos responsáveis pelas questões.
O declínio do trabalho remoto já é observado em números. Um levantamento da consultoria imobiliária JLL mostra que a taxa de vacância — percentual de imóveis comerciais disponíveis para locação — veio diminuindo gradativamente em 2024, voltando a patamares cada vez mais próximos ao pré-pandemia. O “êxodo remoto” também é notado em plataformas de recrutamento, como a Gupy. A empresa registra cada vez menos oportunidades de trabalho remoto, enquanto a oferta de vagas presenciais ou híbridas está em ascensão.
FONTE: G1 SC – Março/25
