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03/12/2025

Indústria brasileira segue estagnada e deve fechar 2025 com crescimento tímido

O desempenho da produção industrial brasileira em outubro confirmou o cenário de estagnação que vem marcando o setor ao longo deste ano. Os dados divulgados pelo IBGE mostram uma leve alta de 0,1% em relação a setembro, mas queda de 0,5% no comparativo anual. Economistas avaliam que, mesmo com alguns sinais positivos, não há perspectiva de retomada mais robusta no curto prazo.

Entre janeiro e outubro, a indústria acumula crescimento de 0,8%, com alta de 0,9% em 12 meses. O resultado positivo foi puxado principalmente pelas indústrias extrativas, que avançaram 3,6% no mês e interromperam dois recuos seguidos. Ainda assim, apenas 12 dos 25 ramos industriais pesquisados cresceram no período, o que reforça um quadro de fragilidade e desempenho desigual entre os segmentos.

Analistas apontam que a pressão das tarifas comerciais impostas pelos Estados Unidos e a taxa Selic elevada continuam sendo fatores que limitam investimentos e reduzem competitividade. Para André Valério, economista sênior de um banco, a indústria nacional permanece “andando de lado”, especialmente por ser o setor mais sensível ao impacto das medidas norte-americanas e ao custo do capital. A projeção do banco é que 2025 termine com alta de apenas 0,5% no setor.

A economista Claudia Moreno, de outro banco, destaca que a categoria de bens de capital teve sua segunda alta mensal seguida, mas reforça que o enfraquecimento estrutural do setor se mantém. Para ela, os juros elevados encarecem o financiamento e desestimulam modernização e ampliação dos parques produtivos. O banco espera que a indústria encerre 2025 com avanço próximo de 1%, bem abaixo dos 3,1% registrados em 2024, sinalizando perda de fôlego da economia como um todo.

Ariane Benedito, economista-chefe de uma plataforma de pagamento, classifica o atual cenário como uma “trajetória de atividade irregular”, marcada por pequenas recomposições seguidas de novas quedas. Com demanda desaquecida, política monetária restritiva e exportações mais fracas, a projeção da empresa é de crescimento marginal, cerca de 0,9% em 2025, e maior volatilidade até dezembro.

Já a Fiesp vê um período de moderação mais prolongada no setor, com expectativa de crescimento de 0,9% da indústria geral em 2025 e 0,6% em 2026. A indústria de transformação, setor mais sensível à Selic, deve ficar estável em 2025 e encolher 0,9% em 2026. A entidade, entretanto, acredita que políticas públicas, como ampliação do crédito, investimentos regionais e a nova faixa de isenção do IR, podem suavizar o ritmo lento da atividade, evitando uma desaceleração ainda maior.

Fonte: Portal CNN Brasil

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