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03/12/2025

Microaposentadoria: a tendência da Geração Z que redefine o futuro do trabalho nas empresas

Uma nova prática vem remodelando a forma como os jovens enxergam carreira, tempo e realização pessoal: a microaposentadoria. O termo define intervalos planejados em que o profissional se afasta totalmente do trabalho para viajar, estudar ou simplesmente descansar. O movimento, que cresce rapidamente entre integrantes da Geração Z, coloca o bem-estar emocional e a saúde mental no centro das decisões profissionais, em contraste com a ideia tradicional de estabilidade e progressão linear na carreira.

O conceito foi popularizado por Timothy Ferriss no best-seller “Trabalhe 4 Horas por Semana”. A essência é simples: distribuir ao longo da vida os períodos de descanso que antes estavam reservados apenas à aposentadoria.

A decisão tem respaldo em números: pesquisas mostram que seis em cada dez jovens já se sentem esgotados no trabalho, preferindo empregos com mais flexibilidade a salários mais altos. Quando essa conta não fecha, cresce a disposição para pedir demissão e fazer da microaposentadoria um ato de autocuidado.

Apesar da imagem glamourosa que o termo pode sugerir, a prática envolve planejamento e estratégias variadas. Há jovens que poupam durante um ano para financiar alguns meses sem trabalhar. Outros mantêm rendas parciais com freelas ou atividades de fim de semana. E muitos aproveitam bolsas e intercâmbios para unir aprendizado e mudança de ambiente. Para a Geração Z, essa pausa não é “tempo perdido”: é investimento em saúde mental e expansão cultural.

O especialista Guy Thornton, fundador da Practice Aptitude Tests, afirma que a tendência reflete uma revolução silenciosa no mercado de trabalho. “A microaposentadoria virou a nova moda no mundo corporativo”, diz. Na visão dele, o que define sucesso hoje não é mais o acúmulo de cargos, mas a qualidade de vida. O fenômeno também está relacionado ao aumento de diagnósticos de burnout e ansiedade entre jovens trabalhadores.

Outro fator decisivo para essa mudança é o futuro incerto da aposentadoria. Muitos integrantes da Geração Z observam gerações anteriores, que planejaram parar aos 60, mas permanecem trabalhando. O especialista Ben Askins aponta que o medo de não conseguir se aposentar alimenta a lógica de aproveitar a vida enquanto há energia e saúde. “Eles querem viajar, explorar o mundo e desenvolver paixões agora — não apenas sonhar com isso para daqui a 40 anos”, explica.

Mais do que uma moda, a microaposentadoria revela uma filosofia que deve ganhar espaço: viver bem ao longo do caminho, não apenas ao final dele. Ao rejeitar jornadas extenuantes e o mito da carreira contínua, a Geração Z lança um desafio ao mundo corporativo: é possível construir trajetórias profissionais sólidas sem abrir mão de viver intensamente? A resposta pode definir o mundo do trabalho nos próximos anos.

Fonte: Portal GIZMODO

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