
Na primeira semana de outubro, aconteceu a retomada do diálogo entre os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Donald Trump, sobre as tarifas impostas pelos Estados Unidos a produtos brasileiros. A Federação das Indústrias de Santa Catarina (FIESC) vê esta aproximação como um passo relevante para o setor produtivo.
Para a entidade, o gesto representa um avanço nas tratativas comerciais e reforça a importância de que as discussões ocorram em um ambiente de cooperação técnica, equilíbrio e defesa da competitividade da indústria nacional.
Além disso, a FIESC avalia que a escolha do vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, como interlocutor com o secretário de Estado dos Estados Unidos, Marco Rubio, é um passo relevante para dar continuidade às negociações com base em argumentos econômicos, setoriais e técnicos, e não em posicionamentos ideológicos.
“A indústria catarinense segue acreditando que o caminho para a superação desse impasse é o diálogo qualificado, com serenidade e foco em resultados concretos. É importante que as conversas avancem com base em critérios técnicos, como sempre defendemos”, afirma o presidente da FIESC, Gilberto Seleme.
Desde o anúncio da sobretaxa de 50% sobre exportações brasileiras, a FIESC tem acompanhado de perto os desdobramentos da medida e seus impactos regionais. Os dados mais recentes de emprego já mostram a redução de vagas em alguns setores, em especial o de madeira e móveis.
Estudo da FIESC considerando o cenário de queda de 30% das exportações para os EUA no período de 1 a 2 anos – mostra um recuo de R$ 1,2 bilhão no PIB de Santa Catarina. Entre os reflexos, estariam a perda de cerca de 20 mil empregos e de R$ 171,9 milhões na arrecadação de ICMS. Para minimizar os impactos negativos, a Federação lançou o programa desTarifaço, com ações de apoio e informação às empresas exportadoras do estado.
“O comércio internacional precisa ser uma ferramenta de desenvolvimento mútuo. É isso que esperamos das negociações: equilíbrio, previsibilidade e segurança para quem produz e exporta”, completa Seleme.
FONTE: FIESC – Outubro/25