No ambiente corporativo, algumas das palavras vem perdendo seu significado devido ao uso excessivo e, muitas vezes, utilização incorreta. Com o passar do tempo, esses termos tornaram-se clichês do mundo do trabalho, o que reduziu seu impacto. Quando as empresas e os profissionais dependem de palavras da moda sem entregar resultados tangíveis, eles perdem credibilidade. Além disso, jargões corporativos também refletem dinâmicas no local de trabalho e estruturas de poder.
Uma pesquisa da Columbia Business School destaca como escolhas específicas de linguagem podem indicar status, intenções e níveis hierárquicos. O professor de liderança, estratégia e ética da Universidade de Columbia, Adam Galinsky, descobriu em sua pesquisa sobre jargões que o uso dessas palavras frequentemente está associado a inseguranças. “Tendemos a usar jargões como uma forma de aumentar nosso status percebido quando estamos inseguros sobre nós mesmos”, explica.
De um lado, profissionais de status mais alto na hierarquia corporativa frequentemente usam termos abstratos, complexos ou em outra língua para estabelecer autoridade e se distanciar de tarefas rotineiras. De outro lado, os funcionários precisam ter uma linguagem mais clara para se comunicar sobre o trabalho do dia a dia.
Veja o exemplo de três jargões corporativos que perderam seu significado:
Inovação: Independentemente do impacto ou da originalidade, ela passou a ser usada para descrever qualquer coisa minimamente nova no ambiente de trabalho.
Disrupção: Caiu em desuso, pois o termo é aplicado até mesmo para descrever alterações mínimas e sem importância e, assim, desgastando seu poder.
Sinergia: Embora o conceito continue válido, seu uso excessivo (e muitas vezes equivocado) fez com que perdesse o valor. Com isso, o termo soa mais como um enfeite do que uma vantagem estratégica.
FONTE: Forbes – 30-01-25
