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Sistema de gestão empresarial em nuvem e automação de processos – como se transformar?

Na Expogestão 2020 a transformação digital foi um dos temas de destaque. Hussein Keshavjee conduziu a palestra sobre sistema de gestão empresarial (ERP) em nuvem e automação de processos. O sócio da KPMG Brasil compartilhou sua experiência na implantação de sistemas ERP em diversas companhias. Explicou como transformar o negócio e seus processos num mundo cada vez mais digital e, ao mesmo tempo, engajar os colaboradores nessa mudança essencial para os negócios.

Hussein começou explicando as mudanças que aconteceram nos últimos 15 anos na implementação de um ERP. Anos atrás a implementação de um projeto de ERP levava muito tempo, era engessado, passava por muitas fases antes de entrar nos testes e eram experiências fragmentadas, gerando retrabalho e altos custos.

As mudanças passaram a acontecer, pois o modelo anterior não era mais viável. Então, fica para trás um modelo fragmentado e engessado e entra um modelo de co-criação, que gera valor. Todos se envolvem de forma integrada e engajada.

Pesquisa da KPMG indica que 96% das organizações estão focadas em projetos de transformação digital, mas menos da metade declara ter capturado o valor esperado do investimento realizado. Entre os itens apontados como responsáveis por essa decepção estão o atraso no cronograma (56%), falha na condução de grandes iniciativas (44%), orçamento alto (37%) e até redução da produtividade (21%). Isso mostra que as companhias querem transformar, mas existe muita dificuldade na execução.

O que o ERP em nuvem tem a ver com a jornada de transformação digital? Ao implantar um projeto de ERP as companhias acabam olhando prioritariamente a ponta do iceberg, ou seja, como está a estrutura de TI e as customizações necessárias. Isso faz com que fique em segundo plano questões fundamentais. Esse é o momento ideal para revisar os processos tanto no back office (departamentos administrativos e/ou que não tem relacionamento direto com o cliente) como nas áreas cores.

Hussein explica que pode ser a hora de inserir uma empresa digital no processo da companhia. Isso vai dar suporte ao salto para a transformação digital que a organização precisa para sustentar o crescimento, dando ao negócio uma forma muito mais inteligente e clara.

O mercado oferece inúmeras ferramentas para a transformação digital. Hussein discorreu sobre as melhores práticas e mostrou como esse processo de mudança pode contribuir no desenvolvimento das ações do dia a dia e dar mais agilidade às organizações como um todo. Explicou também que é recomendado aproveitar o período de implantação do ERP para automatizar ou aperfeiçoar o processo de automação da empresa. As pessoas precisam entender que a automação não desvaloriza o ser humano. Num processo automatizado, os colaboradores passar a ter mais valor, pois não estão mais atuando como meros repetidores de tarefas operacionais.

Continuou apresentando um modelo de arquitetura e conteúdo de negócios, dividido em camadas. A primeira traz as funções básicas de um ERP e já segue para a segunda linha  que é a automação, usada de forma inteligente e integrada. Na próxima camada entra o Analytics Cloud, com um banco de dados “in memorian” e alta performance e a Plataforma Inteligente em Nuvem, que vai apoiar e alavancar toda a jornada digital da organização. Essa estrutura desafoga o departamento de TI da companhia, que passa a ser muito mais estratégico do que operacional.

Mas como engajar o negócio e reposicionar a área de TI? Primeiro, explicou o especialista, o sucesso almejado na implantação de um ERP vai além da implantação do projeto em si. Competências como análise de dados, pensamento sistêmico, criatividade, foco no cliente, além do rápido aprendizado e gestão do conhecimento são essenciais para que o investimento seja bem sucedido. E eles não podem ser adquiridos, mas desenvolvidos por cada um do time. Aproveitou o momento da Expogestão para explanar sobre o Mind Hacking, ferramenta da KPMG de transformação cultural. Segundo Hussein, a transformação cultural é chave para que as organizações consigam implantar modelos digitais vencedores. E isso é possível com o engajamento das pessoas, que devem entender o negócio e o seu papel na organização e, ao mesmo tempo, a companhia deve entender e valorizar essas pessoas, que são fundamentais para a mudança.

Para concluir, Hussein abordou os investimentos necessários para a jornada de transformação digital. Alguns anos atrás para rodar um ERP, era necessário dois ou três anos para implementação, centenas de profissionais envolvidos, dezenas de consultores especialistas externos e um custo de milhões de reais, às vezes, dezenas de milhões de reais. Hoje é possível implantar em quatro, seis, no máximo, oito meses. Além disso, o custo pode ser diluído em fee mensal, que inclui licenciamento, infraestrutura e suporte do produto, num custo bem menor. No final, explicou como a KPMG pode contribuir nesse processo. A empresa tem uma abordagem diferenciada para engajar pessoas, sabe como entregar um TCO viável, tem especialistas que conhecem o negócio, aporta uma metodologia robusta de implantação e possui vasta experiência em projetos em nuvem.